A Comissão Concelhia de Gaia do PCP reafirmou recentemente a sua oposição à criação dos chamados mega-agrupamentos escolares. Numa conferência de imprensa realizada no dia 4, os comunistas denunciam o facto de este processo estar já em «adiantada fase de execução, desrespeitando os prazos estipulados inicialmente pelo Ministério da Educação, o que deixa pouco tempo às escolas para se debruçarem e analisarem com profundidade uma reorganização tão complexa».

Para o PCP, os mega-agrupamentos, «pela concentração de meios e recursos que encerram em si, a par da reorganização curricular, são factores de desemprego, de agravamento das condições laborais dos profissionais de educação, e põem em causa a qualidade de ensino». Além disso, acrescentam os comunistas, terão reflexos nas populações «muito para além da obrigatoriedade da inscrição dos educandos ser feita na escola-sede dos mesmos», ou alterações de carácter burocrático.

Chamando a atenção para a contestação à criação destes mega-agrupamentos existente em várias escolas do concelho – patente por exemplo nas posições já assumidos por conselhos gerais de escolas de Gaia –, o PCP considera que «só o cumprimento, com carácter urgente e submisso para com a troika, de medidas economicistas do governo PSD/CDS permite perceber tal desatino e desrespeito pelos gaienses». Assim, os comunistas desenvolverão «todos os seus seus esforços, designadamente junto do Governo e da Câmara Municipal de Gaia, para que este processo seja travado».