Resistir aos despedimentos
O PCP manifestou a sua solidariedade para com os trabalhadores abrangidos pelo despedimento colectivo que se pretende levar a cabo no grupo Impala. Estão abrangidos por este despedimento, desencadeado pela administração da DescobrirPress (DP), 80 trabalhadores de mais de 20 profissões, com relevo para jornalistas, técnicos administrativos e desenhadores gráficos. Em grande parte dos departamentos é proposta a liquidação de vários postos de trabalho, acrescenta o PCP, num comunicado conjunto da Comissão Concelhia de Sintra, do Sector de Empresas de Sintra e do Subsector da Comunicação Social do Sector Intelectual de Lisboa.
Para os comunistas, este despedimento é uma opção, pois o argumento invocado de uma suposta baixa de receitas operacionais omite a situação económica e financeira do conjunto do grupo DP ao longo dos últimos anos. O PCP acusa ainda este grupo de usar a «mais fria argumentação de critérios de selecção dos trabalhadores que se propõe despedir» e de manifestar um «total desrespeito pela vida profissional e pelas consequências dramáticas na vida pessoal e familiar de dezenas de trabalhadores». Os comunistas acusam ainda o grupo de não ter equacionado outras opções na sua vasta actividade.
Assim, para o PCP, a «invocação da conjuntura, da crise, é o biombo recorrente para tapar a sua falta de estratégia de gestão ou mesmo incompetência técnica». «Lutar contra o despedimento em curso, é lutar agora e desde já, pelo conjunto dos postos de trabalho e pela necessária viabilidade do Grupo Impala», apela o PCP, que considera imprescindível que os trabalhadores vençam «medos e resignações» e ergam uma «forte resistência em todos os campos de acção, inclusive na via jurídica e institucional», para travar os despedimentos.