Mais pressão sobre a agricultura

O Parlamento Europeu aprovou, dia 19, um acordo comercial que alarga a liberalização das trocas de produtos agrícolas e da pesca entre a UE e Marrocos. O documento estipula que 55 por cento dos alimentos exportados por Marrocos para a UE ficarão isentos de direitos aduaneiros, em vez do actual limite de 33 por cento.

Como salientou o deputado do PCP, João Ferreira, «existiam, pelo menos, duas fortes razões para a recusa deste acordo: por um lado, ele vai prejudicar os produtores europeus, em especial os pequenos e médios produtores de culturas tipicamente mediterrânicas, nomeadamente na área das frutas e legumes, já que este acordo acentuará a pressão já hoje sentida para a baixa dos preços na produção e as dificuldades sentidas por muitos produtores para escoamento dos seus produtos. Os agricultores portugueses serão particularmente visados.»

Por outro lado, salienta o deputado comunista, a agricultura familiar «passa a enfrentar a concorrência de modelos de produção intensivos, de cariz exportador. Modelos que ameaçam a sustentabilidade ambiental, a viabilidade dos mercados regionais e locais, a soberania alimentar e que degradam a qualidade e segurança alimentares. Por estas razões, perdem também os consumidores e as populações».



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