A DORP do PCP promoveu, no dia 30 de Janeiro, um «mandato aberto» sobre transportes, com a presença dos deputados do PCP eleitos pelo distrito do Porto. O objectivo da iniciativa foi avaliar a situação dos transportes na região no quadro do PET – Plano Estratégico de Transportes.

Os deputados comunistas reuniram-se com sindicatos e comissões de trabalhadores da STCP, CP, REFER e Metro do Porto e com a administração da STCP. Houve ainda lugar para um encontro com o o Conselho Executivo da Autoridade Metropolitana de Transportes.

Nestas reuniões confirmou-se as preocupações do PCP quanto à contínua redução dos postos de trabalho na STCP, cuja administração admitiu reduzir em 2012 mais 200 trabalhadores, o equivalente a uma diminuição de 15 por cento no quadro de pessoal. No Sector Ferroviário a redução de trabalhadores também continua, destacando-se aqui o encerramento da oficina da EMEF em Guifões, no concelho de Matosinhos. No Metro do Porto, as principais preocupações referidas prendem-se com as consequências do alargamento dos horários de trabalho.

A par da redução de postos de trabalho, os comunistas alertam ainda para a transferência de importantes linhas para o sector privado e para a redução de comboios e alteração de horários. Estas medidas, realçam os deputados do PCP, vão agravar duramente a vida dos utentes e que acrescem ao aumento brutal dos tarifários decretados pelo Governo que, segundo foi admitido pelos próprios conselhos de administração, pode levar à quebra na utilização dos transportes públicos.

O PCP rejeita o Relatório Adequação da oferta da Rede de Transportes Públicos da Área Metropolitana do Porto (que está na base das medidas que as empresas estão a tomar) e garante que prosseguirá com a denúncia dos objectivos que norteiam o Governo neste ataque ao serviço público de transportes e com a luta pela garantia de uma rede pública de transportes capaz de satisfazer as necessidades de quem vive, estuda e trabalha na região.