Repúdio do racismo e da xenofobia
Já na Martinica, os protestos ocorreram dia 12 e começaram junto ao aeroporto da capital, Fort de France, visando o governo colonial francês, cujo ministro do Interior, Claude Guéant, desembarcou nesse mesmo dia no território.
Na primeira semana de Fevereiro, Guéant desencadeou uma polémica ao afirmar que «as civilizações não são todas iguais», declaração qualificada imediatamente como racista pelas populações das chamadas províncias ultramarinas.
Às reuniões com o governante assistiram apenas representantes do partido no poder na Martinica, a União para um Movimento Popular. Todas as demais organizações políticas e sociais se recusaram a estar presentes em sinal de protesto.
Recorde-se que, em Março do ano passado, Guéant disse desejar que «a França continue francesa», tal como a maioria dos seus compatriotas, aclarou. Dias depois, acrescentou que devido à imigração para o espaço continental, «os franceses têm muitas vezes a sensação de não estar entre os seus pares».