O presidente da Autoridade Nacional Palestiniana na Cisjordânia e líder da Fatah, Mahmoud Abbas, vai dirigir o governo de unidade palestiniano até à realização de eleições gerais na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

A decisão foi tomada em Doha, no Qatar, após uma reunião entre Abbas e o responsável máximo do Hamas no exílio, Khaled Mechaal.

De acordo com um dirigente da Organização de Libertação da Palestina, todos os partidos palestinianos vão ser convidados a participar no executivo de unidade, cujo tem como objectivo organizar um sufrágio geral nos territórios palestinianos administrados pela ANP, e de que a composição só será conhecida a partir do dia 18 deste mês.

O acordo de reconciliação nacional foi subscrito, em Maio de 2011, entre a Fatah e o Hamas, os dois maiores partidos palestinianos. Desde 2006 que não se realiza sufrágios na Palestina.

Ki-moon vaiado

Antes da conclusão do acordo entre palestinianos, o Secretário-geral das Nações Unidas deslocou-se à Faixa de Gaza onde foi recebido com protestos. Depois de se ter encontrado com o presidente israelita, Shimon Perez, e com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, Ban Ki-moon pretendia reunir com responsáveis da «sociedade civil» palestiniana, mas nenhuma das organizações convidadas compareceu ao encontro, justificando a sua ausência como forma de protesto contra a situação dos presos palestinianos detidos nos cárceres israelitas.

Acresce que Ki-moon foi recebido em Gaza por populares com uma chuva de sapatos, demonstração do repúdio dos palestinianos para com o máximo responsável da ONU, o qual, acusaram, assume uma posição favorável a Israel e complacente para com o genocídio do povo da Palestina.