Opressão brutal
A «justiça» marroquina suspendeu o julgamento de 24 saarauís detidos na sequência do desmantelamento do acampamento de Gdem Izik. A Associação de Vítimas considera a decisão uma forma de prolongamento da tortura a que estão sujeitos os independentistas.
Antes, já a Associação de Juristas pelo Saara Ocidental havia apelado à comparência de observadores internacionais nos julgamentos, o que cumpriria, notou, o acordo estabelecido com Marrocos após 38 dias de greve de fome por parte dos detidos.
Oprimidos pela monarquia ao serviço do grande capital, são igualmente os trabalhadores marroquinos. De acordo com os dados de um estudo intitulado «A moda espanhola em Tânger», as operárias têxteis do território confeccionam para marcas sumamente conhecidas ganhando um máximo de 178 euros por mês, trabalhando seis dias por semana e em média 12 horas por dia, a maioria das vezes sem qualquer vínculo laboral.
O salário não lhes permite sair da pobreza, denuncia-se nos relatos incluídos no documento, onde se acusa ainda o patronato de recorrer a mão-de-obra infantil.