Irão enfrenta espionagem norte-americana

Os serviços secretos iranianos detiveram um suposto agente da CIA cuja missão era infiltrar-se no Ministério do Interior do país. De acordo com informações difundidas por uma cadeia de televisão iraniana, citadas por agências noticiosas, o jovem terá sido descoberto após ser identificado como tendo estado em treino na base aérea norte-americana de Bagram, no Afeganistão.

O indivíduo, de nacionalidade iraniana, foi detido assim que entrou no Irão, indicam as mesmas fontes, que reproduzem dados divulgados pelas autoridades.

No passado mês de Novembro, agentes dos serviços secretos dos EUA retirados e no activo confirmaram à Reuters que a inteligência da República Islâmica havia desvendado a identidade de vários agentes e informadores da CIA.

Em Maio deste ano, Teerão deteve 30 pessoas acusadas de espionagem a favor dos EUA e de Israel.

Mais recentemente, funcionários da CIA sob reserva de anonimato confirmaram ao Washington Post que o avião não-tripulado, derrubado a 4 de Dezembro pelas autoridades iranianas, na cidade de Kashmar, efectuava operações de «reconhecimento».

A NATO e o Pentágono não admitem que a aeronave estivesse a operar contra o Irão e justificam o sucedido com a perda de controlo do aparelho quando este se encontrava em missão no Afeganistão.

Informações publicadas em meios alternativos indicam, no entanto, que norte-americanos e israelitas estarão preocupados com a detenção do drone por parte de Teerão, já que, por se encontrar intacto – demonstrando que foi desviado sem ter sido alvejado, como dizem os iranianos –, pode permitir desvendar alguns dos segredos tecnológicos mais preciosos do imperialismo neste âmbito.

O modelo RQ-170 é utilizado em missões de espionagem no Iraque, Afeganistão ou Paquistão, e o governo iraniano já anunciou que está a analisar minuciosamente o aparelho e que apresentou junto do Conselho de Segurança da ONU uma queixa por violação do espaço aéreo.



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