Irlanda agrava austeridade

Face às pers­pec­tivas de cres­ci­mento ané­mico em 2012, o go­verno bri­tâ­nico anun­ciou, dia 4, novas me­didas para re­duzir as des­pesas e de au­mentar as re­ceitas fis­cais de modo a atingir o dé­fice de 8,6 por cento do PIB no final do pró­ximo ano.

De acordo com o mi­nistro das Fi­nanças, Mi­chael No­onan, o Es­tado pre­cisa de ar­re­cadar mais 200 mi­lhões de euros acima do que previu há al­guns meses. A razão prende-se com a queda do cres­ci­mento da eco­nomia que, em vez dos 2,5 por cento, não de­verá ul­tra­passar os 1,6 por cento no pró­ximo ano. Como ex­plicou o mi­nistro, «o grande fosso que ainda existe entre os gastos e as re­ceitas do Es­tado tem de ser fe­chado» e o li­mite do dé­fice é «sa­cros­santo».

Assim, se­gundo as novas es­ti­ma­tivas, a Ir­landa terá de poupar (entre re­dução da des­pesa e au­mento da re­ceita) 3800 mi­lhões de euros por ano até 2015, num total de 12 400 mi­lhões de euros.

To­davia, ante o agra­va­mento da crise eco­nó­mica no Reino Unido, seu prin­cipal par­ceiro co­mer­cial, e em geral na União Eu­ro­peia e nos EUA, é na­tural que estas contas fi­quem ra­pi­da­mente de­sac­tu­a­li­zadas, tanto mais que, para além da queda das ex­por­ta­ções, o go­verno também prevê uma di­mi­nuição da pro­cura in­terna agra­vada pelas me­didas su­ple­men­tares.



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