Uma esmagadora maioria de 186 países aprovou, pelo 20.º ano consecutivo, uma resolução apresentada por Cuba onde se exige o fim do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos EUA à ilha. Na Assembleia Geral das Nações Unidas, apenas dois países, EUA e Israel, rejeitaram o pedido, e outras três nações abstiveram-se.

No mais recente relatório sobre o bloqueio, o Estado cubano estimou em 975 mil milhões de dólares os prejuízos provocados pela política criminosa e ilegal à luz do direito internacional que Washington mantém desde 1961.

Paralelamente à votação, a esposa de René Gonzalez denunciou que o antiterrorista cubano não pode contactar nenhum dos restantes quatro patriotas que permanecem presos nos EUA – Gerardo Hernández, Fernando González, Ramón Labañino e Antonio Guerrero.

René foi libertado a 7 de Setembro mas permanece sob custódia em território norte-americano, isto apesar de já ter cumprido os 13 anos de pena a que foi condenado num processo político.

Acresce que, estando em Miami, cidade onde se concentra o núcleo duro das organizações terroristas anticubanas, René corre o perigo de ser assassinado pelos grupos que ajudou a desmascar, numa operação qualificada de espionagem por Washington.