Re­a­lizou-se no pas­sado dia 22 de Ou­tubro, em Bei­rute, no Lí­bano, a reu­nião do Grupo de Tra­balho dos En­con­tros In­ter­na­ci­o­nais de Par­tidos Co­mu­nistas e Ope­rá­rios, re­ce­bida e or­ga­ni­zada pelo Par­tido Co­mu­nista Li­banês. O PCP es­teve re­pre­sen­tado por Ângelo Alves, membro da Co­missão Po­lí­tica.

A reu­nião, onde par­ti­ci­param além do PCP seis ou­tros par­tidos co­mu­nistas mem­bros do Grupo de Tra­balho, oriundos da África do Sul, Brasil, Grécia, Índia, Lí­bano e Fe­de­ração Russa, ana­lisou a pre­pa­ração do 13.º En­contro In­ter­na­ci­onal de Par­tidos Co­mu­nistas e Ope­rá­rios, o qual terá lugar em Atenas, na Grécia, nos dias 9, 10 e 11 de De­zembro, aco­lhido pelo Par­tido Co­mu­nista da Grécia.

O Grupo de Tra­balho con­firmou as ex­pec­ta­tivas de uma ampla par­ti­ci­pação nesta 13.ª Edição do En­contro In­ter­na­ci­onal e su­bli­nhou a im­por­tância deste pro­cesso para o for­ta­le­ci­mento do mo­vi­mento co­mu­nista e re­vo­lu­ci­o­nário in­ter­na­ci­onal num quadro de apro­fun­da­mento da crise do ca­pi­ta­lismo.

No pro­grama pa­ra­lelo à reu­nião do Grupo de Tra­balho, re­a­lizou-se ainda uma reu­nião com a di­recção do Par­tido Co­mu­nista Li­banês em torno da si­tu­ação no Médio Ori­ente, bem como um en­contro/​au­dição com os dois par­tidos co­mu­nistas sí­rios, que se des­lo­caram a Bei­rute para fa­cultar uma in­for­mação de­ta­lhada sobre a si­tu­ação no país.

Ambos de­nun­ci­aram as am­plas cons­pi­ra­ções do im­pe­ri­a­lismo contra a in­de­pen­dência e so­be­rania da Síria, pro­nun­ci­aram-se contra qual­quer ten­ta­tiva de in­ge­rência ou agressão ao seu povo, e, si­mul­ta­ne­a­mente, de­cla­raram o seu apoio às justas rei­vin­di­ca­ções po­pu­lares por mais de­mo­cracia e jus­tiça so­cial.

Du­rante a sua es­tadia em Bei­rute, os mem­bros do Grupo de Tra­balho foram ainda re­ce­bidos pelo pre­si­dente do Lí­bano, Mi­chel Su­leiman, e re­a­li­zaram uma vi­sita aos campos de re­fu­gi­ados pa­les­ti­ni­anos de Sabra e Cha­tilla, nos ar­re­dores da ca­pital li­ba­nesa, tendo cons­ta­tado as di­fí­ceis con­di­ções de vida do povo pa­les­ti­niano ex­pulso do seu pró­prio país pelas forças is­ra­e­litas.

Na oca­sião, foi também pos­sível con­tactar com forças po­lí­ticas e es­tru­turas re­pre­sen­ta­tivas da po­pu­lação destes campos, no­me­a­da­mente a di­recção da Frente Po­pular de Li­ber­tação da Pa­les­tina.