Protesto massivo na Colômbia

Centenas de milhares de funcionários públicos manifestaram-se nas ruas em 32 cidades colombianas contra a política governamental para o sector, e por melhores condições e direitos laborais.

Os protestos massivos de sexta-feira, 7, foram convocados pelas três maiores centrais sindicais, CUT, CGT e CTC, aos quais se juntaram estudantes do Ensino Superior público.

A Central Unitária dos Trabalhadores avaliou como «surpreendente» a adesão dos cerca de 600 mil trabalhadores do Estado à jornada em defesa da liberdade sindical e da segurança da acção organizada dos trabalhadores, da contratação colectiva, e contra a precariedade dos vínculos.

Dados das confederações sindicais indicam que na Colômbia mais de 120 mil funcionários públicos têm vínculos instáveis. Quando o universo é a totalidade da população empregada, a precariedade supera os 55 por cento das relações laborais.

Por outro lado, cerca de 90 por cento dos crimes contra sindicalistas, activistas sindicais ou trabalhadores sindicalizados acabam impunes, razão pela qual a taxa de sindicalização na Colômbia se fica pelos 3,5 por cento dos mais de 20 milhões de trabalhadores.

Já os estudantes uniram-se aos trabalhadores na sequência da luta que têm empreendido contra a reforma que o governo quer implementar nas universidades públicas. Os jovens universitários acusam o executivo liderado por Juan Manuel Santos de pretender privatizar o subsector e de responder com repressão à movimentações estudantis.

Dias antes da greve dos trabalhadores do Estado, pelo menos 22 estudantes foram feridos e 12 acabaram detidos em confrontos com a polícia nas cidades de Tunja, Cali e Pamplona.

Regra geral, as jornadas estudantis têm sido pacíficas e várias universidades permanecem ocupadas há cerca de um mês sem registo de incidentes violentos. Os estudantes responsabilizam grupos de encapuzados que se infiltraram na manifestação pelos confrontos ocorridos a meio da semana passada.



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