O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, anunciou, dia 5, que parte da base naval da Rota, na baía de Cádis, será cedida à NATO e integrada, a partir de 2013, no chamado sistema de defesa antimíssil promovido pela aliança militar e os Estados Unidos.

Washington fica assim com a possibilidade de manter na base quatro vasos de guerra equipados com o sistema de combate Aegis (égide) e 1100 militares. «A Espanha vai acolher este componente do sistema devido à sua posição geoestratégica como porta de entrada no Mediterrâneo», afirmou Zapatero numa conferência conjunta com o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, e o secretário da Defesa dos Estados Unidos, León Panetta, em Bruxelas.

«Isto significa que a Rota vai converter-se num ponto de apoio a navios integrados em forças multinacionais ou que levem a cabo missões da NATO em águas internacionais».

Este sistema é ainda integrado por radares que, no início de Setembro, a Turquia aceitou instalar no seu território, por interceptores de mísseis a colocar na Roménia e por um sistema terrestre SM-3 na base militar polaca de Redzikowo.