Por todo o País, mas sobretudo nas zonas do interior e do Alentejo, sucedem-se os encerramentos de importantes serviços públicos. A Comissão Concelhia de Tondela do Partido rejeita o encerramento do posto da GNR do Caramulo, que tem sido um «garante mínimo de segurança» na vasta área por si coberta.

Os comunistas consideram que «por mais argumentos que os responsáveis por esta decisão invoquem» não conseguem esconder que a razão de fundo é «poupar uns míseros tostões». O argumento invocado – a diminuição da população – foi já usado para reduzir os dias de atendimento na extensão de saúde, para passar a estação dos CTT a posto de atendimento e para levar, como está previsto, a escola básica do 2.º e 3.º ciclos para outro local. O PCP apela à «força das populações serranas» para travar o que consideram um «roubo».

Também em Montemor-o-Novo, a Comissão Concelhia do Partido entende que só com a luta das populações será possível impedir o encerramento do posto médico de Lavre entre 25 de Julho e o final de Setembro, podendo a população ter consultas em Montemor, a 20 quilómetros. Esta decisão, tomada pelo Conselho Geral da USF de Alcaides, «para além de penalizar a população, na sua maioria idosa e com baixos rendimentos, procura ao mesmo tempo transferir para a Junta de Freguesia responsabilidades e encargos que não lhes competem», acusa o PCP.

Os comunistas estão igualmente contra o encerramento definitivo do troço Covilhã-Guarda da linha ferroviária da Beira Baixa, proposto pelo anterior Governo à troika FMI/BCE/UE. O troço encontra-se encerrado para obras de modernização desde Fevereiro de 2009 e o PCP lembra, num requerimento entregue na Assembleia da República, que a Refer terá aí gasto, nos últimos sete anos, milhões de euros, ascendendo os investimentos em curso aos 7,7 milhões.

Este encerramento, a ir por diante, representaria, para o PCP, um «novo contributo para o isolamento das diversas localidades e respectivas populações e penalizaria o desenvolvimento económico desta região», para além de acarretar ainda mais despedimentos na CP e na Refer.