PCP apresentou Compromisso Eleitoral

Um novo rumo para uma vida melhor

Na apresentação do Compromisso Eleitoral do PCP, ao final da manhã de quinta-feira, 21, Jerónimo de Sousa realçou que o documento distingue o PCP «desses partidos que se aprestam a obedecer às ordens do FMI e da UE e que são a troika da submissão à troika da ingerência».

O PCP mantém o programa eleitoral de 2009 e soma-lhe este Compromisso

Image 7388

Os comunistas apresentaram o seu Compromisso Eleitoral por uma Política Patriótica e de Esquerda (que publicamos na íntegra nas páginas 13 a 19) na Casa do Alentejo, em Lisboa. A assistir estavam largas dezenas de pessoas: militantes e dirigentes do PCP e da JCP, deputados e eleitos municipais, sindicalistas e membros das forças que compõem a CDU – Partido Ecologista «Os Verdes» e Associação Intervenção Democrática.

Na sua intervenção, que encerrou a sessão, o Secretário-geral do PCP considerou o Compromisso Eleitoral como «diferente e único», pois dá resposta aos «problemas mais prementes, mais decisivos que o nosso País enfrenta neste momento». Um Compromisso que, garantiu, «não é com a banca nem com o grande capital, nacional ou estrangeiro, é com os trabalhadores, o povo e o País». E que não é para continuar a mesma política do PS, PSD e CDS, que «têm governado o País nos últimos 35 anos, mas para uma política patriótica e de esquerda, para um novo rumo e uma vida melhor para os portugueses».

Foram esses três partidos e a política que praticaram que «conduziram o País para a crise económica e social de grandes proporções em que se encontra», acusou Jerónimo de Sousa, lembrando em seguida que têm, todos, um «programa comum, o programa da UE/ FMI de severa austeridade e de delapidação dos recursos nacionais» que, a ser aplicado, irá «condenar o nosso povo ao retrocesso social e hipotecar o futuro do País por muitos e longos anos». Este programa comum, acrescentou, está a ser preparado «costas do povo e contra o povo» em simulacros de negociação entre a troika mandante do FMI, BCE e Comissão Europeia e a troika obediente do PS, PSD e CDS para garantir os interesses dos mega bancos».

 

Podem contar connosco!

 

Para as eleições de 5 de Junho, o PCP optou por manter, no fundamental, o programa que apresentou em 2009. Como realçou Jerónimo de Sousa, «os problemas não só se mantêm como se agravaram e por isso as linhas de orientação que apresentámos nessa altura continuam actuais». Se as propostas nele contidas tivessem sido adoptadas, o País «não estaria na situação em que está hoje», garantiu.

Os objectivos centrais então expressos no Programa Eleitoral – e agora novamente reafirmados – são o desenvolvimento económico, a criação de emprego, a redistribuição do rendimento e a justiça social, o aprofundamento da democracia e a afirmação da independência e soberania nacionais». Como afirmou Jerónimo de Sousa, «podem contar connosco para lutar pelo aumento dos salários e pelo aumento do salário mínimo nacional em particular»; para lutar pela instituição de preços máximos nos combustíveis e sector da energia e combater as parcerias público-privadas; para insistir na tributação justa da banca e dos grupos económicos mais lucrativos, dos bens de luxo ou da especulação bolsista e lutar pela eliminação dos off-shores.

O Secretário-geral do PCP fez ainda saber que o PCP apresentará novamente as propostas de conversão dos falsos recibos verdes em contratos sempre que correspondam a um posto de trabalho e de criação do crime de enriquecimento ilícito.

A terminar, Jerónimo de Sousa reafirmou que «é possível outra política e outro governo com o reforço do PCP e da CDU, com a participação dos trabalhadores e do povo, com a convergência dos democratas, patriotas e homens e mulheres de esquerda, com a luta levada e transformada em voto». O PCP, afirmou ainda, é a força que «honra a palavra, que leva a sério os compromissos assumidos, que não cede nem concede perante os interesses instalados».

Antes, falou Agostinho Lopes, deputado e membro do Comité Central, que recordou que o PCP, no seu Programa Eleitoral de 2009, identificava, de forma «clara» e «explícita» aquele que é o principal problema do País – os brutais défices e dívida externa. Considerando que esse programa «mantém uma evidente actualidade e flagrante oportunidade nas suas orientações e políticas», Agostinho Lopes afirmou ser necessário somar-lhe as «necessárias respostas de curto prazo» – «é o que fazemos com o Compromisso com uma Política Patriótica e de Esquerda que hoje apresentamos.»



Mais artigos de: PCP

Cortes no combate aos incêndios

O PCP considera que os cortes dos meios humanos e materiais de combate a incêndios, anunciados recentemente pela Comissão Nacional de Protecção Civil, «pode facilitar novos golpes e danos na floresta portuguesa, pondo em causa uma importante riqueza nacional e a própria...

90 anos do PCP assinalados na Alemanha

Perto de cem pessoas participaram, no dia 16, no jantar comemorativo dos 90 anos do Partido realizado na Associação Portuguesa de Neuss, na área consular de Düsseldorf. Durante várias horas, muitos militantes e simpatizantes do PCP, membros do Conselho das Comunidades Portuguesas,...

PCP recebe MUSP

O PCP recebeu no dia 20, na sua sede nacional, uma delegação do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP). O encontro inseriu-se nos contactos que o PCP está a estabelecer com estruturas e organizações de massas para a...