Homenagem a Ângelo de Sousa
O Parlamento aprovou por unanimidade um voto de pesar pelo recente falecimento do pintor Ângelo de Sousa, figura marcante no panorama das artes com uma «eclética e multifacetada intervenção artística».
No texto, apresentado pelo Grupo Parlamentar do PCP, é lembrado o percurso de Ângelo de Sousa, nascido em 1938, em Moçambique, de onde partiu anos mais tarde para se fixar com 17 anos no Porto, cidade que escolheu para viver e trabalhar.
Do aluno brilhante da Escola Superior de Belas Artes da Universidade do Porto que foi Ângelo de Sousa falou ainda o deputado comunista Jorge Machado, na apresentação do voto, para sublinhar que a sua obra de pintor, escultor, desenhador e pedagogo «corre mundo», tendo a sua primeira exposição sido realizada em parceria com Almada Negreiros, era ainda estudante de Belas Artes.
Recordados no voto foram ainda outros momentos importantes na vida do artista que a meio da década de sessenta do século passado foi um dos fundadores da Cooperativa Árvore e que integrou, com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues o famoso grupo dos «Quatro Vintes», (todos jovens artistas de Belas Artes do Porto licenciados com a classificação máxima).
As muitas exposições individuais e colectivas em que participou um pouco por todo o Mundo são igualmente enumeradas no texto onde os deputados, que o homenagearam prestando um minuto de silêncio, afirmam que «com a morte de Ângelo de Sousa, a Arte e a Cultura ficam mais pobres em Portugal».