Greve na Páscoa nos hipermercados

O CESP/CGTP-IN mantém aberta a possibilidade de convocar greve para o sector da grande distribuição (super e hipermercados), no período da Páscoa, caso a associação patronal APED e as maiores empresas que a dominam persistirem numa «postura não negocial» na revisão do contrato colectivo de trabalho.

Os órgãos do sindicato receberam o mandato para avançarem com o pré-aviso, por decisão de um encontro nacional de delegados e dirigentes, a 24 de Fevereiro, cujas conclusões estão a ser amplamente divulgadas, num folheto específico. No documento destaca-se o combate às propostas patronais, que visam aumentar a jornada de trabalho até 12 horas e a semana laboral até 60 horas, recorrendo à «adaptabilidade» ou «bancos de horas» para não remunerar o trabalho prestado para além do período normal. Entretanto, a APED não quer qualquer aumento salarial.

O sindicato, respondendo à recusa patronal de prosseguir as negociações directas, decidiu requerer a passagem à fase de conciliação. Nos diversos estabelecimentos, vai intensificar-se o esclarecimento dos trabalhadores e mobilização. Vai continuar a apresentação de cadernos reivindicativos. Culminando a recolha de assinaturas para um abaixo-assinado, vão realizar-se concentrações sindicais em frente das sedes das empresas que ocupam a presidência e a vice-presidência da APED. Para dia 20, está agendado o protesto junto à Sonae Distribuição, na Maia; em Maio, serão realizadas acções semelhantes frente às sedes do Grupo Jerónimo Martins (Pingo Doce) e do Grupo Auchan (Pão de Açúcar).

Até à concretização da greve, o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal vai ainda promover iniciativas dirigidas aos clientes, à porta de algumas lojas, para dar a conhecer os graves conteúdos das propostas patronais.

O sindicato inclui nestas movimentações a exigência de encerramento do comércio aos domingos e feriados.



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