Em nota en­viada ao Par­tido Co­mu­nista da Ve­ne­zuela (PCV), o Co­mité Cen­tral do PCP saudou fra­ter­nal­mente, em nome do co­lec­tivo dos co­mu­nistas por­tu­gueses, o 80.º ani­ver­sário do PCV.

«Esta é uma data plena de sig­ni­fi­cado na vida dos co­mu­nistas ve­ne­zu­e­lanos, evo­ca­tiva e con­vo­ca­dora de pá­ginas in­tré­pidas de dig­ni­dade e ab­ne­gação re­vo­lu­ci­o­ná­rias, que en­cerram um per­curso his­tó­rico per­cor­rido sempre lado a lado com as lutas de classe dos tra­ba­lha­dores e das massas po­pu­lares contra a ex­plo­ração, a di­ta­dura e o im­pe­ri­a­lismo, des­fral­dando as ban­deiras da li­ber­tação na­ci­onal, da so­li­da­ri­e­dade in­ter­na­ci­o­na­lista e do so­ci­a­lismo», diz o texto.

«Sim­bo­li­ca­mente, o ani­ver­sário que agora se cumpre coin­cide com os 200 anos da in­de­pen­dência da Ve­ne­zuela. É por isso justo e opor­tuno as­si­nalar, neste tempo ex­tra­or­di­nário em que as se­mentes fe­cundas lan­çadas pela gesta imortal de Bo­lívar voltam a de­sa­bro­char, que o PCV es­teve, desde a pri­meira hora, com a di­nâ­mica e os ob­jec­tivos li­ber­ta­dores en­car­nados pela Re­vo­lução Bo­li­va­riana, de­mons­trando o com­pro­misso ina­ba­lável com a causa do povo ve­ne­zu­e­lano e o papel trans­cen­dente de­sem­pe­nhado pela in­ter­venção dos co­mu­nistas na de­fesa e apro­fun­da­mento do pro­cesso re­vo­lu­ci­o­nário», acres­centa-se.

Para o PCP, «este é um tempo que en­cerra no plano global grandes po­ten­ci­a­li­dades de so­bres­saltos e avanços de cariz pro­gres­sista e re­vo­lu­ci­o­nário, mas que, si­mul­ta­ne­a­mente, trans­porta grandes ame­aças e in­cer­tezas, que de­correm do de­sen­vol­vi­mento e am­pli­ação da crise sis­té­mica do ca­pi­ta­lismo.

«A vasta onda de re­volta que as­sola o mundo árabe e os si­nais de cres­cente des­con­ten­ta­mento e de novas ener­gias e dis­po­ni­bi­li­dade para a luta que chegam pra­ti­ca­mente de todo o mundo, vêm su­bli­nhar a im­pe­riosa ne­ces­si­dade de for­ta­lecer a or­ga­ni­zação do mo­vi­mento re­vo­lu­ci­o­nário e, par­ti­cu­lar­mente, de re­forçar o papel dos par­tidos co­mu­nistas e do pro­jecto re­vo­lu­ci­o­nário do so­ci­a­lismo, apro­fun­dando a con­ver­gência e co­o­pe­ração in­ter­na­ci­o­na­lista, a par da ar­ti­cu­lação con­se­quente das forças pro­gres­sistas e anti-im­pe­ri­a­listas.

«Rei­te­rando-vos a so­li­da­ri­e­dade do PCP, que­remos ex­pressar-vos o de­sejo dos mai­ores êxitos na acção e luta do Par­tido Co­mu­nista da Ve­ne­zuela, re­a­fir­mando a von­tade em apro­fundar as re­la­ções de ami­zade e co­o­pe­ração que unem os nossos dois par­tidos», con­clui o do­cu­mento.