Célula do PCP na Brisa denuncia repressão

Disponível para lutar

A célula do PCP na Brisa está a denunciar as ilegalidades cometidas pela empresa em relação aos direitos dos trabalhadores com o objectivo de alargar ainda mais os seus já chorudos lucros – mais de 2 mil milhões de euros de capitalização bolsista nos últimos seis anos são apenas uma pequena amostra, a que se deve somar as perspectivas de retorno dos investimentos na Índia na ordem dos mil milhões de euros até 2016.

A Brisa, acusa a célula, continua a reduzir os postos de trabalho, não renovando contratos a dezenas de trabalhadores e, mais recentemente, procedeu a despedimentos encapotados através de rescisões «voluntárias». À CMVM a empresa declarou que tinha reduzido o seu quadro de pessoal efectivo em 156 portageiros.

Com a maioria das portagens já com máquinas automáticas Ettol é já visível que, ao contrário do que a Brisa garantira, estas não são um «meio complementar de pagamento». Pelo contrário, os portageiros são muitas vezes retidos nos refeitórios e, em algumas situações, «a empresa pretende “prendê-los” dentro das cabines com os estores cerrados».

A Brisa fez já saber que as vias de baixo tráfego não terão pessoal, apenas máquinas Ettol. Para a célula, isto vai originar «desequilíbrios nos quadros de pessoal», que a empresa tentará resolver com transferências compulsivas, «afastando os trabalhadores das suas casas e famílias». Esta não é uma prática inédita na empresa, que recentemente recorreu a ela, denuncia ainda a célula comunista.

Alvos privilegiados destas transferências são os trabalhadores que pertencem aos órgãos representativos, como a Comissão de Trabalhadores ou os sindicatos, numa clara violação do Acordo Colectivo de Trabalho. No final do comunicado, os comunistas afirmam que «não pactuam com este ataque do grande capital» e que estarão disponíveis para «lutar e mobilizar os trabalhadores na defesa dos postos de trabalho e do trabalho com direitos».



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