4.º Encontro de Quadros do PCP

Crescer e avançar no Alentejo

Sob o lema «PCP, força insubstituível para o desenvolvimento do Alentejo», realizou-se, domingo, em Grândola, o 14.º Encontro Regional de Quadros do Alentejo.

Uma intensa intervenção política e de massas

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O Encontro, que teve lugar no Cine Granadeiro, reuniu 225 quadros do Partido na região e contou com a presença do Secretário-geral do PCP, que centrou a sua intervenção no «colectivo partidário», que é «chamado a uma intensa intervenção política e de massas», orientado pelas conclusões do XVII Congresso, concretizando a acção «Avante por um PCP mais forte».

Uma intervenção que passa pela «afirmação do projecto do Partido, do seu programa de democracia avançada e do socialismo», pela «responsabilização de quadros» e pela «organização, estruturação, funcionamento e dinamização de organismos, no plano da organização da classe operária e dos trabalhadores, a partir das empresas e locais de trabalho».

O Secretário-geral do PCP falou ainda da intervenção junto de camadas sociais específicas, designadamente de intelectuais e quadros técnicos, da juventude e dos reformados, incentivando a criação de células próprias. O trabalho autárquico e dos deputados na Assembleia da República, a propaganda, a informação, a comunicação, a imprensa do Partido, em particular a difusão do Avante!, também não foram esquecidos.

Por outro lado, Jerónimo de Sousa salientou a importância do «recrutamento» e da «integração» de novos militantes no PCP, da «garantia da independência do Partido», a partir «da sua independência financeira», e do «reforço e aperfeiçoamento do trabalho de direcção a todos os níveis», prosseguindo a realização de assembleias de organização.

«Num quadro de perigos e ameaças sérias, quem não estiver preocupado está distraído. Mas, convivendo com esses perigos e ameaças, há possibilidades e potencialidades para crescer e avançar. Assumindo que nesta época contemporânea resistir é já avançar com aquela confiança de quem tem sempre o sonho mais avançado do que a realidade, ancorados no mesmo projecto, no nosso ideal comunista. Havemos de andar para a frente», acentuou Jerónimo de Sousa.

 

Continuar a lutar

 

Dias Coelho, responsável pelas organizações regionais do Alentejo, valorizou aquela região «onde se fez e faz história», em que «o papel do Partido para a luta que várias gerações de trabalhadores travaram e continuam a travar foi e é fundamental», colocando-se, cada vez mais, a cada organização «o desafio de assumirem o seu papel de organização revolucionária, ligando-se mais às massas, conhecendo os seus problemas e aspirações, intervir sobre eles e organizar a luta».

Na sua intervenção, o membro da Comissão Política comunista defendeu – sem os ziguezagues do PS – a criação e instituição da Região Administrativa do Alentejo, «sem capital, polinucleada, com os órgãos e serviços regionais, e outros, espalhados por diferentes cidades, de modo a contribuir para a diminuição das assimetrias regionais».

«Não contamos com o apoio e o trabalho de outras forças políticas com vista ao desenvolvimento do Alentejo, assente nas suas capacidades naturais, bem pelo contrário, eles agem e actuam aos diversos níveis partidários e do Estado com o sentido de nos negar o desenvolvimento e nos enfraquecer, para melhor levarem por diante o seu projecto contrário aos interesses da população», acusou Dias Coelho.

O 14.º Encontro Regional de Quadros do Alentejo contou ainda com 28 intervenções, grande parte delas centradas nas questões da organização partidária. Os participantes dirigiram ainda uma saudação aos 35 anos da implantação da República Árabe Saaráui Democrática, e aprovaram duas moções: uma sobre o Dia Internacional da Mulher (8 de Março) e outra de apoio à manifestação convocada pela CGTP-IN para 19 de Março.

 



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