Por aumentos justos

A administração da EPAL recuou nos aumentos de cinco por cento para 40 trabalhadores, acordados e constantes no Acordo de Empresa (AE), com efeitos desde Dezembro, depois de o Ministério do Ambiente ter ordenado a sua anulação, ordem para a qual a tutela não tem legitimidade, acusou a Comissão de Trabalhadores, para quem a administração está a tentar demitir-se das responsabilidades que assumiu, quando firmou o AE.

Depois de ter anunciado 355 milhões de euros, como resultado líquido, no terceiro trimestre do ano passado, a Petrogal propõe um «aumento zero» aos trabalhadores. A Comissão Sindical Negociadora da Fiequimetal/CGTP-IN, salientou, num comunicado, que a proposta representaria uma redução real de salários,  equivalente, no mínimo, a 378 euros por cada mil de salário-base, motivo que levou a federação a apelar à luta dos trabalhadores pelos seus direitos.

«Para fazer crescer os seus lucros», a Portucel «aposta vergonhosamente na precariedade e nos baixos salários», acusou, dia 1, através de um comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul. Para ontem, estava agendado para diante da sede da empresa, em Setúbal, um plenário de trabalhadores das empresas criadas pela Portucel (Set Clean, Haedbox, ATF, EMA 21 e Acciona). Estas empresas desempenham as mesmas funções que eram antes desempenhadas por pessoal da Portucel, mas com remunerações mais baixas e menos direitos, proporcionando mais lucros aos accionistas, acusou o sindicato. No plenário, os trabalhadores iam decidir que formas de luta adoptar por aumentos reais dos salários, horários de trabalho justos, pagamento do trabalho suplementar e um prémio relativo aos lucros registados (1,4 mil milhões de euros, no ano passado).



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