No verdadeiro périplo que anda a fazer pelo País, o candidato comunista à Presidência da República voltou ao distrito de Aveiro no dia 22 de Dezembro, onde já participou em diversas jornadas. Desta vez, Francisco Lopes rumou à Mealhada, em visita à Adega Cooperativa local, que agrega cerca de 600 produtores de vinho da região da Bairrada.

Depois de se reunir com a administração e de contactar com os trabalhadores da instituição, o candidato afirmou à imprensa que o seu objectivo com a visita era realçar como ideia fundamental da mudança de rumo que propõe a necessidade de Portugal «apostar, dinamizar e apoiar o sector produtivo». Trata-se ainda, em sua opinião, de uma componente determinante para resolver os problemas do País.

Para Francisco Lopes, a Adega Cooperativa da Mealhada ilustra «aquilo que são as potencialidades dos recursos agrícolas» e, ao mesmo tempo, as dificuldades que lhe são criadas pelas decisões políticas nacionais e comunitárias. Dificuldades essas que, acrescentou, estão longe de estar superadas: se para os grandes grupos económicos há isenções fiscais, em parte ou na totalidade, a cooperativa vê os apoios financeiros necessários à prossecução da sua actividade «sistematicamente adiados», acusou o candidato comunista.

À noite, Francisco Lopes jantou com apoiantes em Oliveira de Azeméis. Perante dirigentes e militantes do PCP e do PEV e de muita gente sem filiação partidária e mesmo com simpatias por outras áreas políticas, o candidato comunista considerou que quatro meses depois da apresentação da sua candidatura esta é hoje ainda mais necessária do que nessa altura. Estes quatro meses serviram também, salientou, para que as outras candidaturas fossem afirmando e esclarecendo o seu percurso e os seus compromissos com a situação a que o País chegou.