Adiada para Janeiro votação na AM Lisboa
O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa saudou o adiamento da votação, na Assembleia Municipal, da proposta de reestruturação dos serviços municipais, aprovada na Câmara, a 26 de Novembro, pela maioria PS, com a abstenção do PSD e o voto contra do PCP.
No primeiro dia de discussão da proposta no órgão deliberativo, a 7 de Dezembro, centenas de trabalhadores responderam à chamada dos sindicatos da CGTP-IN (STML e STAL) e fizeram extravasar o espaço destinado ao público no Forum Lisboa. Uma semana depois, muitos dirigentes e delegados sindicais voltaram a comparecer no auditório da AML, onde tiveram conhecimento do adiamento da votação para Janeiro.
Na manhã dessa mesma terça-feira, depois de um plenário no Complexo Municipal da Boavista, uma centena de trabalhadores do Departamento de Reparação e Manutenção Mecânica, do Saneamento e dos Museus foi, em desfile de protesto, até aos Paços do Concelho, para entregar uma moção a contestar medidas, contidas na proposta de António Costa, como a extinção do DRMM, a venda do Saneamento à EPAL ou a transferência da gestão dos museus e galerias para a empresa municipal EGEAC.
Para o sindicato é «extremamente positivo» o adiamento da votação, porque fica aberto espaço, no âmbito das comissões criadas na AML, para que as suas críticas e propostas sejam devidamente consideradas, o que «infelizmente não aconteceu nas três reuniões efectuadas entre o STML e o presidente da autarquia». Porém, «a batalha que há meses travamos não está concluída» e «a luta contra a externalização dos serviços públicos municipais irá continuar em Janeiro», para «derrotar as intenções do actual Executivo de reduzir e extinguir serviços públicos municipais e da consequente liquidação de milhares de postos de trabalho».