Francisco Lopes no distrito de Setúbal

Construir um futuro diferente

Miguel Inácio

A única can­di­da­tura que luta por um Por­tugal de­mo­crá­tico, justo, so­li­dário e de­sen­vol­vido es­teve sá­bado no dis­trito de Se­túbal, onde con­tactou com as po­pu­la­ções do Mon­tijo e de Al­co­chete, al­moçou e jantou com apoi­antes em Se­simbra e em Se­túbal, ma­ni­festou a sua so­li­da­ri­e­dade com os ac­tores e pú­blico do Te­atro Mu­ni­cipal de Al­mada, par­ti­cipou, no Bar­reiro, no Ple­nário Re­gi­onal de Eleitos da CDU nas Au­tar­quias Lo­cais e ter­minou o pé­riplo num en­contro com a ju­ven­tude, em Ca­ci­lhas.

«Nin­guém se pode calar no dia 23 de Ja­neiro»

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Dando con­ti­nui­dade ao con­tacto com as po­pu­la­ções, Fran­cisco Lopes ini­ciou o dia com uma vi­sita no con­celho do Mon­tijo, onde foi re­ce­bido por largas de­zenas de pes­soas. As ban­deiras, os sor­risos emo­ci­o­nados, os abraços in­con­tidos e os beijos apa­la­vrados davam conta de uma grande re­cepção. Per­cor­reram a ci­dade ao ritmo da «Cha­ranga Huga – Ro­sário», con­tac­taram com co­mer­ci­antes, fa­laram e dis­tri­buíram fo­lhetos, es­cla­re­ceram, com toda a con­vicção e cer­teza, que aquela era a única can­di­da­tura que luta contra a po­lí­tica de re­tro­cesso e de de­clínio na­ci­onal im­posta pelo PS e pelo PSD.

O can­di­dato, acom­pa­nhado sempre por Jo­a­quim Judas, man­da­tário dis­trital, re­cebeu elo­gios e apoios de «toda a sorte para o dia 23 de Ja­neiro», ao que res­pondeu: «É pre­ciso dar a volta a isto». Passou por uma feira de usados, foi con­vi­dado a as­sinar o livro de honra de um café do centro e ter­minou aquele pé­riplo no Mer­cado da Re­forma Agrária.

Em Al­co­chete o am­bi­ente não foi di­fe­rente. O ponto de en­contro foi no Largo An­tónio dos Santos Jorge, junto ao Centro de Tra­balho do PCP. Na­quela vila - que nunca perdeu o tra­çado ur­ba­nís­tico de uma vila pis­ca­tória - o can­di­dato fez-se acom­pa­nhar, entre ou­tros, por Mi­guel Boi­eiro, man­da­tário con­ce­lhio, e por Luís Franco, pre­si­dente da au­tar­quia. «Fran­cisco Lopes as­sume-se como o can­di­dato dos tra­ba­lha­dores, vin­cu­lado aos va­lores de Abril», ouvia-se, vindo do carro de som. Ali, voltou a en­trar em todos os lo­cais – dro­ga­rias, su­per­mer­cados, res­tau­rantes, cafés, sa­lões de ca­be­lei­reiro, etc. – para falar com os pre­sentes. «Com 89 anos ainda tenho o meu “tino”», disse-lhe uma se­nhora, que, da ja­nela da sua casa, ma­ni­festou apoio à sua can­di­da­tura.

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Com os pon­teiros do re­lógio a mar­carem a hora de partir, des­pe­dindo-se com um «até logo ca­ma­radas», Fran­cisco Lopes foi al­moçar com mais de uma cen­tena apoi­antes, em Se­simbra, na So­ci­e­dade Mu­sical Se­sim­brense, onde apelou ao voto na sua can­di­da­tura. «O povo por­tu­guês tem nas suas mãos a de­cisão sobre quem vai ser o pró­ximo Pre­si­dente da Re­pú­blica», frisou, lem­brando que o voto «é a forma de cada um ter voz, de in­dig­nação e pro­testo, de exi­gência e de mu­dança». «Nin­guém se pode calar no dia 23 de Ja­neiro», sa­li­entou, ape­lando a «todos e cada um» a as­su­mirem-se «como um can­di­dato, em termos de «es­cla­re­ci­mento e de mo­bi­li­zação».

 

Ex­pressão e con­quista de Abril

 

Antes de par­ti­cipar no Ple­nário Re­gi­onal de Se­túbal de Eleitos da CDU nas Au­tar­quias Lo­cais, que acon­teceu na Bi­bli­o­teca Mu­ni­cipal do Bar­reiro, o can­di­dato apoiado pelo PCP foi até Al­mada (ver pá­gina 11) onde ma­ni­festou a sua so­li­da­ri­e­dade com o pro­testo pro­mo­vido pela Com­pa­nhia de Te­atro local.

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No Bar­reiro, os eleitos do PCP ava­li­aram o quadro so­cial e po­lí­tico em que o Poder Local de­sen­volve a sua in­ter­venção e cri­ti­caram o ataque contra os di­reitos dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Local. A en­cerrar o ple­nário, onde es­ti­veram mais de uma cen­tena de pes­soas, Fran­cisco Lopes va­lo­rizou o «papel» e o «valor» do Poder Local.

«Já nem todos, e em par­ti­cular os que há mais de três dé­cadas são res­pon­sá­veis pela po­lí­tica de di­reita, querem re­co­nhecer que essa in­ter­venção é in­se­pa­rável das ca­rac­te­rís­ticas pro­fun­da­mente de­mo­crá­ticas que o Poder Local e o pro­cesso da sua ins­ti­tu­ci­o­na­li­zação co­nhe­ceram com Abril», des­tacou, cri­ti­cando: «É por isso que su­ces­sivos go­vernos têm pro­cu­rado, ao ar­repio da Cons­ti­tuição, li­mitar a sua au­to­nomia, re­duzir os re­cursos fi­nan­ceiros que lhe são de­vidos, in­vadir os seus po­deres, como con­ti­nu­a­mente se ve­ri­fica». Si­tu­ação que acon­tece com a «cum­pli­ci­dade da Pre­si­dência da Re­pú­blica, que de­veria ga­rantir a sua au­to­nomia».

A can­di­da­tura que exige a mu­dança que Por­tugal pre­cisa rumou, de­pois, para a As­so­ci­ação de Mo­ra­dores do Bairro da Anun­ciada, onde uma nova cen­tena de pes­soas, ca­ma­radas e amigos do PCP, par­ti­ci­param num jantar pro­mo­vido pela Or­ga­ni­zação Con­ce­lhia de Se­túbal do PCP. Para além do can­di­dato, fa­laram Fran­cisco Lobo e Jo­a­quim Judas, man­da­tá­rios con­ce­lhio e dis­trital, res­pec­ti­va­mente. Esta acção contou ainda com a pre­sença de José Ca­pucho, do Se­cre­ta­riado do Co­mité Cen­tral do PCP, e de re­pre­sen­tantes dos par­tidos que de­cla­raram o seu apoio a Fran­cisco Lopes na cam­panha pre­si­den­cial - Álvaro Sa­raiva, de «Os Verdes» e Hélio Be­xiga, da In­ter­venção De­mo­crá­tica.

 

Mu­dança de po­lí­tica

 

No Ponto de En­contro da Ju­ven­tude, em Ca­ci­lhas, mais de cin­quenta jo­vens ma­ni­fes­taram o seu apoio à can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes, num con­certo-con­vívio onde ac­tu­aram as bandas Tiro no Es­curo e Dados Vi­ci­ados. Ani­mado pela con­fi­ança num forte re­sul­tado elei­toral, ma­ni­fes­tada pelos pre­sentes, o can­di­dato con­si­derou que os jo­vens «devem con­ti­nuar a con­tra­riar os con­di­ci­o­na­lismos à sua li­ber­dade de ex­pressão, dentro e fora dos es­ta­be­le­ci­mentos de en­sino, com­ba­tendo as in­jus­tiças e as de­si­gual­dades so­ciais, e lu­tando pela paz, contra a NATO».

Lem­brando «a im­por­tância da luta pela li­ber­dade de ex­pressão no com­bate ao ca­pi­ta­lismo, que acentua a pre­ca­ri­e­dade, os baixos sa­lá­rios e o de­sem­prego, sa­tis­fa­zendo os grandes grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros», Fran­cisco Lopes alertou os jo­vens, avi­sando que o Go­verno e a di­reita «querem em­purrar-vos para a emi­gração, por não cri­arem al­ter­na­tivas para a vossa re­a­li­zação pes­soal e pro­fis­si­onal». Sa­li­entou ainda a im­por­tância de «uma rup­tura e de uma mu­dança de po­lí­tica, pa­trió­tica e de es­querda, que pro­mova a pro­dução na­ci­onal e res­ponda às as­pi­ra­ções da ju­ven­tude».

 

So­li­da­ri­e­dade com as po­pu­la­ções

Pelo di­reito à saúde

 

Por oca­sião da ini­ci­a­tiva «Natal do Hos­pital no Seixal», que acon­teceu no sá­bado, Fran­cisco Lopes, numa nota aos ór­gãos de co­mu­ni­cação so­cial, saudou a «luta» das po­pu­la­ções e das au­tar­quias dos con­ce­lhos do Seixal, Al­mada e Se­simbra, que levou à as­si­na­tura, por parte do Mi­nis­tério da Saúde, de um pro­to­colo com a Câ­mara do Seixal para a cons­trução de um hos­pital no con­celho.

«A con­ti­nu­ação da luta das po­pu­la­ções é de­ci­siva para que seja cum­prido o com­pro­misso as­su­mido para que a con­clusão da obra acon­teça até ao final de 2012», sa­li­entou o can­di­dato às elei­ções pre­si­den­ciais, cri­ti­cando o «des­res­peito pelo di­reito à saúde», que se «en­quadra numa linha de po­lí­ticas de di­reita que tem le­vado o nosso País, nos úl­timos 34 anos, por um ca­minho de re­tro­cesso e de­si­gual­dades so­ciais».



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