O banco Allied Irish Banks (AIB), que recebeu 3500 milhões de euros do governo irlandês para escapar da falência, decidiu pagar mais de 40 milhões de euros aos seus quadros dirigentes.

O presidente da instituição, David Hodgkinson, justificou a despesa com compromissos assumidos ainda em 2008, e prometeu que no futuro a política de remunerações irá reflectir mais «as responsabilidades da organização, o seu desempenho e o clima económico geral».

Todavia, a explicação não convenceu a maioria dos irlandeses sobre os quais recai pesadamente a factura da especulação financeira. O ministro das Finanças tentou salvar a face anunciando um imposto especial de 90 por cento sobre os prémios na banca, mas ressalvou que a medida não se aplicará aos montantes entretanto já pagos pelo AIB.