A história da educação física e do desporto em Portugal

Uma homenagem a Alfredo Melo de Carvalho

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O Auditório Victor de Sá, na Universidade Lusófona, em Lisboa, acolheu, no dia 30 de Novembro, o lançamento do livro «Alfredo Melo de Carvalho, Vida e Obra», da autoria de Eugénio Costa Ruivo.

Esta é uma obra que corresponde ao desafio e à necessidade para as gerações actuais de estudantes do curso de Educação Física, professores, dirigentes de clubes desportivos, autarcas de juntas e de câmaras, atletas e pessoas que realizam um treino de manutenção regular da actividade física de lazer, desporto no trabalho, e de melhoramento da sua condição física, de deixar matéria de estudo e de análise. Tem ainda como objectivo o questionamento e a reflexão da concepção da democratização desportiva, uma vez que o Estado, a escola, o poder local, a saúde, os clubes desportivos têm uma responsabilidade acrescida em termos da sua articulação no processo.

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«Este não é um livro cor-de-rosa, mas sim de reflexão e de questionamento, que procura levantar determinado tipo de problemas, que aponta determinado tipo de direcções. É um desafio a cada um de nós, profissionais de educação física e a todas as pessoas envolvidas no sistema associativo, clubes desportivos, no ensino, ao nível das federações», salientou Eugénio Ruivo.

Esta sessão contou ainda com as intervenções de Jorge Proença, director da Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona, Avelãs Nunes, professor universitário, de Vicente Moura, do Comité Olímpico de Portugal, de Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro e da Junta Metropolitana de Lisboa, de Joaquim Santos, vereador na Câmara do Seixal, e, como não poderia deixar de ser, de Melo de Carvalho, professor, investigador nas áreas de educação física e do desporto. Entre muitos outros, que encheram o auditório, estiveram presentes António Filipe e Octávio Augusto, do PCP.

Avelãs Nunes valorizou a «personalidade» e a «cidadania» de Melo de Carvalho que se manifestou «na acção sindical, no combate político, na gestão autárquica, na vida associativa, na animação cultural, sempre norteado pelos ideais democráticos e pelo sentido da responsabilidade social». «As ideias de Melo de Carvalho cresceram e ficaram como sementeira, o mérito do livro de Eugénio Ruivo vai nos ajudar a perceber isso mesmo», acrescentou.

Carlos Humberto salientou que Melo de Carvalho «ajudou a democratizar e massificar o desporto», a combater o sedentarismo e melhorar a qualidade de vida, e Joaquim Santos referiu a importância da obra de Eugénio Ruivo, «que irá ter aspectos muito positivos no futuro».

Depois das intervenções de Jorge Proença e de Vicente Moura, que destacaram o trabalho do homenageado antes e depois do 25 de Abril em prol do desporto, Melo de Carvalho, nitidamente emocionado com aquele momento, denunciou «o constante processo de degradação que está a sofrer a educação física em Portugal», e ilustrou a situação com o facto de «o peso da disciplina (de educação física) dentro do currículo escolar, de qualquer aluno, não chega a ser de quatro por cento do tempo total que a criança passa dentro da escola». «Com uma percentagem destas como pode ser possível alterar hábitos e resolver problemas de prevenção de doenças?», interrogou.



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