PIDDAC empobrece o distrito de Setúbal
Segundo contas feitas pelo Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), o Governo vai cortar 35,3 por cento no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para o distrito de Setúbal, «pondo em causa a dinâmica económica desta região e cortando estruturas e serviços determinantes para a promoção da qualidade de vida das populações».
Do PIDDAC saem, por exemplo, «diversas intervenções em escolas dos concelhos do Montijo, Santiago do Cacém, Sesimbra, Setúbal», bem como a «requalificação dos equipamentos de circulação da Linha do Sado, que são uma componente fundamental da sua modernização». De fora, acrescentam os ecologistas, «continuam muitos investimentos relevantes para a região, designadamente numa das áreas mais carenciadas - a saúde: o Hospital do Seixal continua sem início à vista e centros de saúde essenciais, como do Pinhal Novo, Corroios ou Baixa da Banheira, continuam sem inscrição em PEDDAC».
«Desde o ano em que o Governo tomou posse (em 2005) o investimento para o distrito de Setúbal, constante do investimento do plano, decresceu 91 por cento (de 219 963 287 euros para 19 471 042 euros)», denuncia o PEV, que apresentou, entretanto, um conjunto de propostas de aditamento ao PIDDAC, que não importam aumento de despesa global, na medida em que, na mesma exacta medida, «propomos cortes nas rubricas de pareceres e consultadoria de diversos ministérios, bem como com publicidade e despesas pessoais e de software informático». As propostas passam, entre muitas outras, pela construção dos hospitais do Seixal e de Alcochete-Montijo, pela requalificação da Frente Ribeirinha de Alcochete, da Baía do Seixal e da Caldeira da Moita, pela construção de porto de abrigo de pescadores na Trafaria, pela construção das novas escolas secundárias de Alcácer do Sal e de Azeitão.