Na tarde de quarta-feira, dia 3, cerca de quatro centenas de reformados, vindos de vários pontos do distrito, concentraram-se junto ao Centro Regional de Segurança Social, em Aveiro. A manifestação foi organizada pela Inter-Reformados, estrutura autónoma da União dos Sindicatos de Aveiro, e o número de participantes foi avançado pela rádio Terra Nova. Depois de ali entregarem um documento com as suas preocupações e reivindicações, os reformados dirigiram-se ao Governo Civil, para deixarem outro exemplar.

A Inter-Reformados acusa o Governo de, de mãos dadas com o PSD, estar «a tirar aos trabalhadores e aos reformados, para dar aos bem instalados na vida e engordar as contas bancárias dos ricos», quando recusa o aumento das pensões e prepara mesmo a sua redução, seja por via do aumento do custo de vida e dos impostos (IVA e IRS), seja com a lei das «condições de recurso», que leva à redução ou eliminação de prestações sociais, seja com o aumento dos custos com medicamentos, exames, análises e outros serviços de saúde.

A greve geral foi apontada como um contributo para a luta de todos os reformados e pensionistas e a solidariedade entre geração como necessária para mudar de política.