Fiequimetal aponta alternativas

Invistam na produção!

Investir no sector produtivo e melhorar as condições de vida e de trabalho dos trabalhadores são alternativas viáveis à política do Governo PS, garantiram, dia 5, em Lisboa, mais de duzentos representantes da Fiequimetal/CGTP-IN.

«Temos solução, ao PEC dizemos não»

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Os dirigentes e delegados sindicais que participaram numa concentração nacional, no Largo de Camões, perto do Ministério da Economia, em nome dos mais de 500 representantes dos trabalhadores da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) demonstraram que há alternativas viáveis à política de direita do Governo PS.

Durante a concentração, o coordenador da federação , João Silva; o membro do sindicato SITE Sul e da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, José Carlos Silva; o coordenador do SIESI, Manuel Correia; os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, Sérgio Dias, Luís Cavaco e José Maria; do SITE Centro-Norte, Adelino Nunes; do SITE Centro-Sul, Fernando Pina; o representante dos trabalhadores da Peugeot-Citroën de Mangualde, Jorge Abreu e, no final, o Secretário-Geral da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva, apelaram à participação de todos, até dia 24, no trabalho de sensibilização para que toda a população compreenda as razões da greve geral.

Na acção foi aprovada uma resolução, por unanimidade e aclamação, onde se reclama a paragem imediata da destruição do tecido produtivo; o lançamento de um plano integrado dos recursos mineiros, aproveitando-se integralmente os recursos minerais; o desenvolvimento de um plano integrado para a indústria naval; o relançamento da metalomecânica pesada; a criação de novos centros de investigação e desenvolvimento; a expansão, estruturação e modernização do sector químico, e o desenvolvimento da produção nacional de medicamentos.

O documento foi posteriormente entregue nos ministérios da Economia e do Trabalho.

Durante a concentração, «Temos solução, ao PEC dizemos não» foi a palavra de ordem mais vezes entoada.

 

Governo rejeita soluções

 

«Temos propostas alternativas há muito aprovadas pelos trabalhadores, reafirmadas em Congresso pela federação, em 2007, mas sempre rejeitadas pelo Governo PS», lembrou o coordenador da Fiequimetal, João Silva, também membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, salientando a prioridade sindical de se prosseguir esclarecendo e mobilizando trabalhadores e população, para garantir o sucesso da greve geral. Criticou «as campanhas a decorrer para forçar os trabalhadores a aceitarem as medidas de austeridade», e recordou os «ataques à contratação colectiva, aos direitos e salários, os despedimentos, encerramentos de empresas, a aplicação de processos disciplinares a activistas sindicais e o não pagamento de horas extraordinárias», que são «motivos de sobra» para que todos participem na luta. Considerando-a «não apenas necessária como imperativa», João Silva recordou o acordo do Governo com o PSD, «de braço dado para prosseguirem a política de direita, reflectida na proposta de Orçamento de Estado para 2011», pretende a CGTP-IN «impedir a concretização dessas políticas», explicou o dirigente sindical, recordando que os trabalhadores deste sector «sempre lutaram pelo aparelho produtivo».

Quanto à «inevitabilidade» das propostas do Governo, João Silva recordou que «nestes sectores, há muito tempo que os trabalhadores estão vacinados contra a hipocrisia das inevitabilidades», afirmou, salientando que «a actual crise resulta mais do défice produtivo nacional do que do défice económico do Estado».

 

EDP e REN

 

Tendo aprovado a proposta de revisão salarial para 2011, onde é reclamado um aumento médio de 4,98 por cento, um plenário nacional de dirigentes e delegados sindicais na EDP e na REN, da Fiequimetal concluiu, dia 2, «pela absoluta necessidade de realizar a greve geral». Até dia 24, os sindicatos realizarão plenários de trabalhadores com o propósito de os mobilizar para esta luta que é de todos.



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