Solidariedade para com Manuel Olate
O Partido Comunista do Chile lançou um apelo à solidariedade internacional para com Manuel Olate. O militante comunista foi detido pelas autoridades judiciais chilenas em cumprimento de um mandato de extradição requerido pelas homólogas colombianas.
Para o PCC, estamos perante uma «aberração jurídica montada pelo governo colombiano, o mais brutal executor do terrorismo de Estado no subcontinente». Em causa, explicam os comunistas em carta enviada ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, estão supostos vínculos de Manuel Olate com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o movimento mapuche.
O objectivo desta montagem, continua a missiva do PCC, «é criminalizar toda a acção reivindicativa quer do povo mapuche quer de qualquer outro grupo social que afronte o sistema. Trata-se, ainda, de envolver o Partido Comunista do Chile procurando impedir a sua política de convergência com outras forças políticas», a qual visa «pôr fim ao governo da direita no país».
As acusações de vínculos com o «terrorismo internacional» têm por base a presença de Olate num encontro internacional de solidariedade, realizado na zona de fronteira entre a Colômbia e o Equador. O comunista chileno e membro do Movimento Continental Bolivariano esteve na iniciativa para entrevistar o malogrado comandante Raúl Reys. A entrevista foi publicada, dias depois da reunião e pouco antes do assassinato de Reys, num diário de grande expansão do Chile.