Comunistas alertam para ausência de medidas

Marasmo em Lisboa

Em Lisboa «é no­tória a au­sência de obras e de me­didas efi­cazes que ve­nham a al­terar po­si­ti­va­mente a vida dos ci­da­dãos», acusam os eleitos do PCP.

Uma ci­dade em certos lo­cais às es­curas

As crí­ticas dos co­mu­nistas - feitas a se­mana pas­sada em nota de im­prensa - es­tendem-se à edu­cação (com o fecho de es­colas, mau es­tado e mesmo de­gra­dação de al­gumas que não fe­charam e falta de pes­soal au­xi­liar e de con­di­ções em vá­rias es­colas), à saúde (ameaça de en­cer­ra­mento de hos­pi­tais sem al­ter­na­tiva, enorme dé­fice de mé­dicos de fa­mília e au­mento dos me­di­ca­mentos e dos exames mé­dicos) e às con­di­ções de vida (com mais im­postos e cortes nos sa­lá­rios).

Aos re­sul­tados de um ano vazio de ac­ti­vi­dade con­creta, junta-se o pro­blema do pla­ne­a­mento, com o Plano Di­rector Mu­ni­cipal a con­di­ci­onar o fu­turo de Lisboa, «in­ten­si­fi­cando a "com­pac­tação" da ci­dade, di­tada pelo "mer­cado" do imo­bi­liário e a es­pe­cu­lação a ele as­so­ciada».

Também a de­gra­dação do es­paço pú­blico é no­tória, com a «ine­xis­tência de in­ter­ven­ções para re­qua­li­ficar a rede viária da ci­dade e os ar­ru­a­mentos e pas­seios, com bu­racos por todo o lado». Ine­fi­cácia que se pode ver na ma­nu­tenção da ilu­mi­nação pú­blica e na hi­giene e lim­peza ur­bana.

O trân­sito e o es­ta­ci­o­na­mento são outro dos pro­blemas. «As pes­soas com di­fi­cul­dades de se mo­vi­men­tarem por de­fi­ci­ência são as ví­timas mai­ores, mas o es­tado caó­tico do trân­sito e o es­ta­ci­o­na­mento sem re­gras afectam ne­ga­ti­va­mente todos», sa­li­entam os eleitos do PCP, aler­tando ainda para a «de­gra­dação» de casas, lojas e es­paços pú­blicos nos bairros mu­ni­ci­pais.

 

Com­bater o ataque às fa­mí­lias

 

Em reu­nião da Câ­mara Mu­ni­cipal, os ve­re­a­dores do PCP apre­sen­taram ainda duas pro­postas com vista a di­mi­nuir o Im­posto Mu­ni­cipal Imó­veis e a Der­rama, uma vez que «o País atra­vessa uma crise eco­nó­mico-fi­nan­ceira que se ca­rac­te­riza, entre ou­tros as­pectos, pelo cres­ci­mento do de­sem­prego, e con­se­quente re­cessão da eco­nomia real, a re­dução dos sa­lá­rios e o con­ge­la­mento das re­formas, a re­dução de be­ne­fí­cios fis­cais e o ataque às fa­mí­lias com a re­dução de apoios so­ciais e por um cres­cente en­di­vi­da­mento das fa­mí­lias, au­men­tando sig­ni­fi­ca­ti­va­mente o nú­mero de fa­mí­lias abaixo do li­miar da po­breza».

Num re­que­ri­mento, subs­crito por Rúben de Car­valho, os co­mu­nistas pe­diram ainda es­cla­re­ci­mentos sobre «os custos fi­nan­ceiros su­por­tados pelo mu­ni­cípio e pelas em­presas mu­ni­ci­pais» nos eventos de co­me­mo­ração do cen­te­nário da Re­pú­blica.

 



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