Irão denuncia política de dois pesos

O presidente iraniano acusou a ONU de cinismo ao condenar o país sem qualquer prova, ao passo que fraqueja perante o ataque de Israel à «Frota da Liberdade» em águas internacionais.

Para Mahmud Ahmadineyad, o Conselho de Segurança das Nações Unidas «perdeu toda a sua credibilidade» ao aprovar sanções contra o Irão e converteu-se «num instrumento opressor nas mãos das grandes potências».

Na votação das sanções, dia 9, Brasil e Turquia - que haviam subscrito com o Irão uma saída para o diferendo nuclear -, votaram contra, enquanto que o Líbano se absteve e os restantes membros aprovaram a proposta. Israel já foi condenado 223 vezes pelo CS das Nações Unidas, de entre as quais se contam resoluções sobre a clandestinidade do seu projecto nuclear e armas atómicas, e a sua não monitorização pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). Israel não foi obrigado a cumprir qualquer destes documentos.

Em entrevista à televisão do país, Ahmadineyad revelou ainda que o Irão tem dados concretos que provam que o governo israelita preparava um ataque à Faixa de Gaza antes de ter desencadeado o incidente com os barcos carregados de ajuda humanitária.

Já depois da entrevista, o governo do Irão anunciou que, apesar das sanções impostas pelo CS da ONU, vai prosseguir o programa de desenvolvimento nuclear.

De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Irão vai continuar com os projectos de carácter pacífico que beneficiam áreas tão diversas como a produção de energia, a agricultura ou as terapêuticas médicas, e tal vai cumprir rigorosamente as regras estabelecidas pela AIEA.



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