Jerónimo de Sousa participou, no dia 27, num comício em Coimbra onde reafirmou as grandes prioridades da intervenção do PCP: o combate a todas e a cada uma das medidas previstas do PEC do PS e do PSD e dar força e contribuir para o alargamento da luta em defesa dos salários, dos direitos sociais e dos serviços públicos.

Dois dias antes, o Secretário-geral do PCP tinha estado em Setúbal, nos estaleiros da Mitrena, a contactar com os trabalhadores da Lisnave. No folheto distribuído aos trabalhadores, o PCP denunciava – além das questões gerais, que afectam todos os trabalhadores portugueses – os baixos salários, a precariedade e a chantagem praticada naquela empresa. Só no final de Abril aqueles trabalhadores viram actualizados os seus salários, «e em valores claramente insuficientes face ao aumento do custo de vida». Apesar dos «lucros substanciais» que o grupo alcançou nos últimos anos.

Os trabalhadores da Gestnave, da Erecta e da formação profissional, acusava o PCP, «após dois anos em situação precária mas a ocupar um posto de trabalho permanente, foram obrigados a subscrever um contrato com uma nova empresa, que impõe uma categoria profissional inferior e horários à vontade do patrão». Os trabalhadores que ali prestam serviço através de empresas subcontratadas «sentem a permanente incerteza e chantagem quanto ao futuro, as más condições de higiene e segurança no trabalho, o trabalho à hora e a precariedade».