Na rua contra as injustiças
O PCP promove, nos próximos dias 17, 18 e 19 de Junho, três grandes desfiles nos centros das cidades de Lisboa, Évora e Porto, contra as injustiças e o desastre económico e social.
Estas iniciativas, tornadas públicas no dia 29, são abertas à participação de «todos os democratas, de todos os patriotas conscientes dos perigos que a actual política comporta para o País, e que aí queiram expressar o seu protesto, a sua indignação e a sua luta por uma vida melhor». Os comunistas realçam que «num momento em que PS, PSD e CDS, ao serviço dos grupos económicos e financeiros, comprometem o País e atacam o regime democrático, o PCP apela à luta dos trabalhadores e das populações para que façam ouvir a sua voz, para que façam sentir a sua força».
Na base da convocação destas acções está a convicção de que o futuro do País está a ser comprometido pela conspiração do PS e do PSD contra os interesses nacionais, patente no anúncio de novos sacrifícios para os trabalhadores e o povo português. Já ao grande capital, aos grandes grupos económicos e financeiros, às grandes potências da União Europeia, os sacrifícios «nunca tocam», acusam os comunistas, para quem «é preciso agir» e «é urgente dizer basta».
Caminhos-de-ferro
O PCP promove na próxima terça-feira, dia 8, nas principais estações de caminhos-de-ferro do País, uma acção nacional contra a privatização deste serviço. Trata-se de uma iniciativa de contacto e mobilização das populações em defesa do serviço público no transporte ferroviário, que culminará com uma visita do Secretário-geral do Partido às instalações da EMEF no Entroncamento, seguida de uma acção de rua nesta cidade.
O PCP alerta os utentes para as consequências destas privatizações: degradação do serviço, aumento dos preços dos bilhetes, encerramento de linhas, dependência da CP face aos privados no que respeita à manutenção e reparação da sua frota, liquidação e transferência para o estrangeiro de produção nacional, e abandono pelo Estado do transporte ferroviário de mercadorias. Para os trabalhadores, acarretará despedimentos, precariedade e redução dos salários. Por tudo isto, os comunistas consideram estas privatizações uma «decisão criminosa».