As faltas dos CODU

Após uma reunião no Ministério da Saúde, anteontem, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses revelou que, até final de Abril, não serão activadas as formas de luta decididas pelos profissionais de Enfermagem que laboram nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, do Instituto Nacional de Emergência Médica, uma vez que o Governo recuou na decisão de retirar os enfermeiros dos CODU ou limitar a sua presença a 12 horas por dia.
A propósito das notícias que surgiram «de forma alarmista» sobre o funcionamento daqueles centros, a Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública recordou, em nota à comunicação social, que as dificuldades resultam da falta de operadores de telecomunicações de emergência. O Governo decidiu integrar enfermeiros nos CODU - refere a FNSFP/CGTP-IN - em finais de 2007, quando da extinção de diversas urgências hospitalares e SAP, substituídos pelas «ambulâncias de suporte imediato de vida». Nos CODU, os enfermeiros passaram, desde então, a fazer a passagem para os médicos dos dados, transmitidos pelos enfermeiros das ambulâncias; na base desses dados, os médicos orientam o primeiro socorro.
As chamadas urgentes foram sempre atendidas por operadores de telecomunicações de emergência, a quem o INEM dá formação específica, quando do seu recrutamento, e para os quais a FNSFP vem reclamando, há muitos anos, uma carreira especial. O número destes operadores, afirma a federação, é exíguo e, devido aos baixos salários, existe uma grande rotatividade no pessoal. «Mesmo nessas condições, estamos perante profissionais que, mercê da sua grande dedicação e espírito de sacrifício, têm conseguido dar uma resposta adequada às necessidades do País e dos utentes», salienta a FNSFP.


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