Combate às ilegalidades

A administração da CACIA (Renault) chamou no sábado a GNR e impediu a entrada do piquete de greve. Mas a greve, iniciada a 18 de Fevereiro, continuou e até ganhou mais visibilidade. Na segunda-feira, dia de visita de uma delegação japonesa, o Sindicato dos Metalúrgicos instalou um carro de som, à entrada da fábrica, junto ao qual se reuniram os trabalhadores, nos períodos de greve, de meia hora por turno. A administração recusa negociar aumentos de salário.
Chegou ontem à barra do Tribunal do Trabalho de Setúbal o despedimento, pela Lisnave, de um dirigente sindical e da Comissão de Trabalhadores. Filipe Rua sofreu esta grave represália por ter ajudado na mobilização dos trabalhadores com contrato precário e ter participado num plenário, em Abril do ano passado, onde foi decidido denunciar, junto das autoridades e do Parlamento, as ilegalidades praticadas pela Lisnave e pela Select - recordou o Sindicato dos Metalúrgicos. A Lisnave foi acusada pelo sindicato, na sexta-feira, de pretender despedir 209 trabalhadores precários, no fim de Fevereiro, para os readmitir com uma categoria inferior e menos direitos - desrespeitando um segundo acordo com o Estado, celebrado em 2008.
A substituição ilegal de trabalhadores em greve, por parte da Somincor, foi um dos motivos que levaram os trabalhadores e o Sindicato Mineiro a decidirem protestar ontem, junto da ACT, em Beja. Iriam igualmente ao governo civil, reclamar uma intervenção no sentido da resolução do conflito laboral, provocado pela falta ao compromisso da empresa, quanto à compensação pelo trabalho no dia de Santa Bárbara, e pela não negociação do exigido aumento do «subsídio de fundo».


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