Pluralidades
Anda para aí um barulho dos diabos a propósito da alegada tentativa de intervenção de altas figuras do PS, entre as quais pontua o Secretário-geral e Primeiro Ministro, para controlar órgãos de Comunicação Social.
Daí até se concluir pela necessidade de garantir a independência dos órgãos de comunicação social públicos e de se pôr as mãos no lume pela dita (independência) da comunicação social que está nas mãos dos grupos económicos, vai um saltinho de uma pulga.
E dito isto, não faltará quem afiance, pela saúde dos seus mais queridos, que, numa qualquer redacção de um dos periódicos ou televisões – desde que não estejam nas mãos do Estado – a isenção é o prato do dia, a pluralidade é servida à sobremesa e o café será acompanhado da mais pura das liberdades.
O problema é que a pulga de há pouco saltou-me para trás da orelha e eu não sou capaz de deixar de pensar que ainda na passada semana aconteceu uma grande iniciativa – com oitocentos participantes; realizada na segunda cidade do País – o Porto; por um dos principais partidos portugueses – o PCP; que fez a avaliação da situação daquele distrito, dos seus principais problemas e das propostas para os resolver; e que foi encerrada pelo Secretário-geral Jerónimo de Sousa.
Ora eu não consigo deixar de pensar nisso, pois nessa mesma iniciativa estiveram jornalistas exactamente de dois jornais de referência da Comunicação Social privada do nosso país.
O problema é que, por mais que eu procure nas edições seguintes, quer do jornal de Belmiro de Azevedo (o Público), quer no que é detido pelo Grupo de Joaquim Oliveira (o Jornal de Notícias), não encontro uma linha que seja, nem num nem no outro, dedicada à Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP.
Entretanto, folheie-se um e outro e lá se encontrarão os escribas do costume a falar da crise e das suas inevitabilidades, da necessidade de insistir nas políticas de direita para defender o capitalismo, da importância de aprovar o Orçamento de Estado, que mantém os benefícios e os privilégios para os do costume e agrava as dificuldades para quem trabalha.
Ora qualquer um percebe que para essas mensagens de isenção, pluralidade e independência tenham mais eficácia, não hesitarão em esconder a mensagem de ruptura e de mudança, que combate as injustiças e projecta uma vida melhor.
Daí até se concluir pela necessidade de garantir a independência dos órgãos de comunicação social públicos e de se pôr as mãos no lume pela dita (independência) da comunicação social que está nas mãos dos grupos económicos, vai um saltinho de uma pulga.
E dito isto, não faltará quem afiance, pela saúde dos seus mais queridos, que, numa qualquer redacção de um dos periódicos ou televisões – desde que não estejam nas mãos do Estado – a isenção é o prato do dia, a pluralidade é servida à sobremesa e o café será acompanhado da mais pura das liberdades.
O problema é que a pulga de há pouco saltou-me para trás da orelha e eu não sou capaz de deixar de pensar que ainda na passada semana aconteceu uma grande iniciativa – com oitocentos participantes; realizada na segunda cidade do País – o Porto; por um dos principais partidos portugueses – o PCP; que fez a avaliação da situação daquele distrito, dos seus principais problemas e das propostas para os resolver; e que foi encerrada pelo Secretário-geral Jerónimo de Sousa.
Ora eu não consigo deixar de pensar nisso, pois nessa mesma iniciativa estiveram jornalistas exactamente de dois jornais de referência da Comunicação Social privada do nosso país.
O problema é que, por mais que eu procure nas edições seguintes, quer do jornal de Belmiro de Azevedo (o Público), quer no que é detido pelo Grupo de Joaquim Oliveira (o Jornal de Notícias), não encontro uma linha que seja, nem num nem no outro, dedicada à Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP.
Entretanto, folheie-se um e outro e lá se encontrarão os escribas do costume a falar da crise e das suas inevitabilidades, da necessidade de insistir nas políticas de direita para defender o capitalismo, da importância de aprovar o Orçamento de Estado, que mantém os benefícios e os privilégios para os do costume e agrava as dificuldades para quem trabalha.
Ora qualquer um percebe que para essas mensagens de isenção, pluralidade e independência tenham mais eficácia, não hesitarão em esconder a mensagem de ruptura e de mudança, que combate as injustiças e projecta uma vida melhor.