Pobreza alastra na Alemanha
O número de pobres na Alemanha aumentou nos últimos dez anos de oito milhões para 11,5 milhões, uma evolução qualificada de «alarmante» pelos autores do estudo promovido pelo instituto de investigação económica alemão, DIW.
As conclusões deste trabalho, divulgadas no site da instituição no dia 18, revelam que uma em cada sete pessoas vive no país mais rico da Europa com menos de 60 por cento do rendimento mediano.
Segundo os autores do estudo, Joachim Frick e Markus Grabka, as camadas mais afectadas pela pobreza são «sobretudo os jovens adultos e as crianças». Mas o quadro é mais grave no Leste do país do que no Oeste. Apesar de terem passado 20 anos após a integração da República Democrática Alemã, o Leste continua a ser mais afectado pela pobreza e o desemprego. Aqui, 19 por cento da população vive abaixo do limiar dos 965 euros por pessoa, contra 13 por cento no Oeste.
Na Alemanha, o limiar da pobreza está calculado em 1943 euros para uma família com dois filhos, de acordo com os critérios da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
Um quarto dos jovens está numa situação de pobreza, salienta o estudo que não esconde as graves consequências deste facto: sem recursos, as jovens gerações experimentam mais dificuldades em terminar os estudos e logo em entrar para o mercado de trabalho.
De acordo com o instituto sedeado em Berlim, o desemprego permanece a principal razão da pobreza no país, devido sobretudo à dificuldade de reingressar no mercado de trabalho. Mas o instituto aponta igualmente a diminuta taxa de emprego a tempo inteiro de mulheres com filhos, devido à falta de lugares nas creches e jardins-de-infância.
Na Alemanha, apenas 15 por cento das crianças com menos de três anos têm lugar numa creche o que impede as mães de obter um emprego. E se a situação é já difícil quando apenas um membro do casal trabalha, ela torna-se insuportável no caso das mães solteiras.
«As famílias monoparentais são largamente as mais afectadas, com 40 por cento directamente ameaçadas pela pobreza», afirmam os autores do estudo constatando também que a pobreza aumenta com o número de filhos, apesar dos abonos concedidos pelo Estado a partir do primeiro nascimento.
O instituto berlinense reconhece a importância dos subsídios sociais, que têm sido fortemente diminuídos nos últimos anos, contudo afirma: «As ajudas financeiras atenuam os sintomas mas não as causas da pobreza. Investimentos em serviços de guarda de crianças poderiam ser mais eficazes»
As conclusões deste trabalho, divulgadas no site da instituição no dia 18, revelam que uma em cada sete pessoas vive no país mais rico da Europa com menos de 60 por cento do rendimento mediano.
Segundo os autores do estudo, Joachim Frick e Markus Grabka, as camadas mais afectadas pela pobreza são «sobretudo os jovens adultos e as crianças». Mas o quadro é mais grave no Leste do país do que no Oeste. Apesar de terem passado 20 anos após a integração da República Democrática Alemã, o Leste continua a ser mais afectado pela pobreza e o desemprego. Aqui, 19 por cento da população vive abaixo do limiar dos 965 euros por pessoa, contra 13 por cento no Oeste.
Na Alemanha, o limiar da pobreza está calculado em 1943 euros para uma família com dois filhos, de acordo com os critérios da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
Um quarto dos jovens está numa situação de pobreza, salienta o estudo que não esconde as graves consequências deste facto: sem recursos, as jovens gerações experimentam mais dificuldades em terminar os estudos e logo em entrar para o mercado de trabalho.
De acordo com o instituto sedeado em Berlim, o desemprego permanece a principal razão da pobreza no país, devido sobretudo à dificuldade de reingressar no mercado de trabalho. Mas o instituto aponta igualmente a diminuta taxa de emprego a tempo inteiro de mulheres com filhos, devido à falta de lugares nas creches e jardins-de-infância.
Na Alemanha, apenas 15 por cento das crianças com menos de três anos têm lugar numa creche o que impede as mães de obter um emprego. E se a situação é já difícil quando apenas um membro do casal trabalha, ela torna-se insuportável no caso das mães solteiras.
«As famílias monoparentais são largamente as mais afectadas, com 40 por cento directamente ameaçadas pela pobreza», afirmam os autores do estudo constatando também que a pobreza aumenta com o número de filhos, apesar dos abonos concedidos pelo Estado a partir do primeiro nascimento.
O instituto berlinense reconhece a importância dos subsídios sociais, que têm sido fortemente diminuídos nos últimos anos, contudo afirma: «As ajudas financeiras atenuam os sintomas mas não as causas da pobreza. Investimentos em serviços de guarda de crianças poderiam ser mais eficazes»