Cortes nos estágios geram desemprego
Os jovens comunistas dos Açores estão preocupados com a situação dos recém-licenciados da Ilha das Flores, desempregados e na iminência de terem de emigrar da sua ilha e região de origem.
«O Governo Regional falha na sua responsabilidade»
«Vários jovens encaravam o programa “Estagiar L”, como a solução para permanecerem na sua ilha, só que a sua não abertura, devido à opção do Governo Regional de cortar as vagas existentes nos serviços públicos das Flores, deixou-os sem qualquer opção», denuncia, em nota de imprensa, a JCP, lembrando que os objectivos declarados nos programas de estágios - «Promoverem a fixação de jovens nas ilhas de menor dimensão demográfica» - «não garantem a necessária integração profissional».
«O Governo Regional dos Açores falha na sua responsabilidade de fomentar a fixação dos jovens na região o que, na Ilha das Flores, assume contornos agravados, dado o envelhecimento da população», acrescentam os jovens comunistas.
O PCP apresentou, entretanto, no Parlamento Regional, uma proposta visando garantir a efectiva integração profissional dos jovens estagiários que, infelizmente, foi chumbada pela maioria PS. «Num quadro de grave desemprego e precariedade juvenil, o Estado e o Governo Regional têm que criar condições para a efectiva contratação de jovens quando terminam o seu estágio», defende a JCP, que promete não baixar «os braços para que seja cumprido esse direito dos jovens açorianos».
Ponta Delgada
Desinvestimento na educação
No dia 8 de Fevereiro, o Organismo de Professores Comunistas de Ponta Delgada esteve reunido para analisar, entre outros assuntos, a presente situação na educação nacional e regional. Das conclusões saídas deste encontro sublinha-se a «importância para os Açores de se dar início ao processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente», como o exigem os professores e os sindicatos que os representam.
Sobre o ensino básico e secundário, os professores comunistas lamentam a postura do Governo Regional que «prefere a instabilidade docente». «Dos docentes a exercer na região, cerca de 15 por cento têm vínculo precário, número muito superior às normais oscilações de necessidades dos docentes por parte da escolas», acusam, informando que a Secretaria Regional da Educação e Formação entendeu não corrigir esta situação, tendo perdido neste concurso de pessoal docente mais uma oportunidade de fixar os professores nas escolas, dando-lhes melhores condições de trabalho, com vista à estabilização do corpo docente na Região Autónoma dos Açores (RAA)».
Em oposição, os comunistas defendem que é «necessário» e «urgente» dar início à revisão do Estatuto da Carreira Docente Regional, «para dele expurgar os aspectos mais negativos, nomeadamente os respeitantes à avaliação dos professores, a diminuição da componente não-lectiva e o consequente aumento da componente de trabalho individual».
Relativamente ao ensino superior, os professores criticaram o «subfinanciamento» da Universidade dos Açores, da responsabilidade do Governo Regional. «As propinas sempre foram uma forma de o Estado se desresponsabilizar pelo financiamento do ensino superior», acusam, acrescentando: «o Processo de Bolonha e a abertura da gestão à chamada sociedade civil, apenas contribuíram para um ensino e investigação cada vez de menor qualidade e para uma gestão cada vez menos democrática e transparente, e com interesses que acabam por não ser nem do País, nem os da universidade».
«O Governo Regional dos Açores falha na sua responsabilidade de fomentar a fixação dos jovens na região o que, na Ilha das Flores, assume contornos agravados, dado o envelhecimento da população», acrescentam os jovens comunistas.
O PCP apresentou, entretanto, no Parlamento Regional, uma proposta visando garantir a efectiva integração profissional dos jovens estagiários que, infelizmente, foi chumbada pela maioria PS. «Num quadro de grave desemprego e precariedade juvenil, o Estado e o Governo Regional têm que criar condições para a efectiva contratação de jovens quando terminam o seu estágio», defende a JCP, que promete não baixar «os braços para que seja cumprido esse direito dos jovens açorianos».
Ponta Delgada
Desinvestimento na educação
No dia 8 de Fevereiro, o Organismo de Professores Comunistas de Ponta Delgada esteve reunido para analisar, entre outros assuntos, a presente situação na educação nacional e regional. Das conclusões saídas deste encontro sublinha-se a «importância para os Açores de se dar início ao processo de revisão do Estatuto da Carreira Docente», como o exigem os professores e os sindicatos que os representam.
Sobre o ensino básico e secundário, os professores comunistas lamentam a postura do Governo Regional que «prefere a instabilidade docente». «Dos docentes a exercer na região, cerca de 15 por cento têm vínculo precário, número muito superior às normais oscilações de necessidades dos docentes por parte da escolas», acusam, informando que a Secretaria Regional da Educação e Formação entendeu não corrigir esta situação, tendo perdido neste concurso de pessoal docente mais uma oportunidade de fixar os professores nas escolas, dando-lhes melhores condições de trabalho, com vista à estabilização do corpo docente na Região Autónoma dos Açores (RAA)».
Em oposição, os comunistas defendem que é «necessário» e «urgente» dar início à revisão do Estatuto da Carreira Docente Regional, «para dele expurgar os aspectos mais negativos, nomeadamente os respeitantes à avaliação dos professores, a diminuição da componente não-lectiva e o consequente aumento da componente de trabalho individual».
Relativamente ao ensino superior, os professores criticaram o «subfinanciamento» da Universidade dos Açores, da responsabilidade do Governo Regional. «As propinas sempre foram uma forma de o Estado se desresponsabilizar pelo financiamento do ensino superior», acusam, acrescentando: «o Processo de Bolonha e a abertura da gestão à chamada sociedade civil, apenas contribuíram para um ensino e investigação cada vez de menor qualidade e para uma gestão cada vez menos democrática e transparente, e com interesses que acabam por não ser nem do País, nem os da universidade».