Vantagem para o mercado
A CDU de Valongo está contra a concessão dos serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos a privados e defende, em contrapartida, a reformulação geral dos mesmos.
Abre-se caminho a uma sobrecarga dos orçamentos familiares e camarários
Em Assembleia Municipal, realizada no início da semana, os eleitos do PCP manifestaram discordância com os argumentos da autarquia (PSD), que falam de «descoordenação» e de «falta de eficácia» dos actuais serviços. «Os responsáveis pela criação dos problemas são os mesmos que, como se nada tivessem a ver com isso, aparecem com a solução "milagrosa" de sempre - o mercado (privatização)», afirmam, em nota ao Avante!, os comunistas, sublinhando: «É este o círculo vicioso que o Bloco Central que tem governado o País e o concelho nos vota».
«A Câmara de Valongo quer insistir num processo que já deu provas de não ser eficaz. A resposta aos problemas é a fuga em frente: nova concessão. Caso não dê resultado, o erário público e os munícipes lá estarão mais uma vez para suportar os custos destes sucessivos subsídios aos privados», criticam.
A CDU alerta de igual forma para o agravamento, a prazo, das despesas a suportar pelos munícipes nesta área. Medida que conta com o apoio do PS, que, durante a campanha eleitoral, «criou uma falsa oposição às medidas pretendidas pelo executivo camarário».
«Nunca o mercado se interessaria por uma área como a recolha de resíduos sólidos urbanos se não pudesse garantir, com benesses estatais e taxas a cobrar aos munícipes - transformados em clientes -, interessantes margens de lucro. Em troca de reduções de despesa municipal a curto prazo, abre-se caminho a uma sobrecarga, a longo prazo, dos orçamentos familiares e, eventualmente, dos orçamentos camarários», denunciam os eleitos da Coligação, defendendo, em alternativa a reformulação geral dos serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos.
«A Câmara de Valongo quer insistir num processo que já deu provas de não ser eficaz. A resposta aos problemas é a fuga em frente: nova concessão. Caso não dê resultado, o erário público e os munícipes lá estarão mais uma vez para suportar os custos destes sucessivos subsídios aos privados», criticam.
A CDU alerta de igual forma para o agravamento, a prazo, das despesas a suportar pelos munícipes nesta área. Medida que conta com o apoio do PS, que, durante a campanha eleitoral, «criou uma falsa oposição às medidas pretendidas pelo executivo camarário».
«Nunca o mercado se interessaria por uma área como a recolha de resíduos sólidos urbanos se não pudesse garantir, com benesses estatais e taxas a cobrar aos munícipes - transformados em clientes -, interessantes margens de lucro. Em troca de reduções de despesa municipal a curto prazo, abre-se caminho a uma sobrecarga, a longo prazo, dos orçamentos familiares e, eventualmente, dos orçamentos camarários», denunciam os eleitos da Coligação, defendendo, em alternativa a reformulação geral dos serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos.