Morte da justiça em Itália
O senado italiano aprovou, dia 20, um decreto de lei impulsionado pelo primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, que impõe o arquivamento dos processos judiciais que ultrapassem os prazos estabelecidos.
Para os crimes mais graves (mafia e terrorismo) a duração máxima dos processos é fixada em dez anos, enquanto os crimes menos graves devem ser sentenciados no espaço de seis a sete anos.
O Comité Intermagistratura, que representa os juízes, acusou o governo de «destruir a justiça», alertando que assim que a lei entrar em vigor provocará o arquivamento de 100 mil processos, dois dos quais envolvem o próprio Berlusconi. Mas não só. Também o caso Parmalat e muitos outros relacionados com escândalos financeiros, de corrupção e fraude fiscal serão encerrados sem apuramento de responsabilidades.
O líder do Partido Democrático, Pier Luigi Bersani, criticou o diploma notando que se vai «destruir milhares de processos judiciais, e deixar sem justiça milhares de vítimas, para salvar uma única pessoa». Antonio di Pietro, líder da Itália dos Valores e juiz que integrou a célebre operação «mãos limpas, considerou tal lei significa «a morte da justiça em Itália».
Para os crimes mais graves (mafia e terrorismo) a duração máxima dos processos é fixada em dez anos, enquanto os crimes menos graves devem ser sentenciados no espaço de seis a sete anos.
O Comité Intermagistratura, que representa os juízes, acusou o governo de «destruir a justiça», alertando que assim que a lei entrar em vigor provocará o arquivamento de 100 mil processos, dois dos quais envolvem o próprio Berlusconi. Mas não só. Também o caso Parmalat e muitos outros relacionados com escândalos financeiros, de corrupção e fraude fiscal serão encerrados sem apuramento de responsabilidades.
O líder do Partido Democrático, Pier Luigi Bersani, criticou o diploma notando que se vai «destruir milhares de processos judiciais, e deixar sem justiça milhares de vítimas, para salvar uma única pessoa». Antonio di Pietro, líder da Itália dos Valores e juiz que integrou a célebre operação «mãos limpas, considerou tal lei significa «a morte da justiça em Itália».