O golpe final
O encerramento da fábrica da Opel em Antuérpia, Bélgica, provocará 2600 despedimentos directos e porá em causa pelos menos mais oito mil indirectos em todo o país.
GM elimina 8300 empregos directos na Europa
Depois de um longo declínio, falsas promessas e muitos milhões de euros em ajudas públicas, a General Motors anunciou, dia 21, o encerramento total da sua fábrica de montagem de veículos da marca Opel, em Antuérpia.
As portas fechar-se-ão para sempre no próximo mês de Junho. A multinacional norte-americana sairá da Bélgica após uma lucrativa permanência de 59 anos, deixando atrás de si um profundo rasto de desemprego, indignação e revolta.
Nos seus tempos áureos dos anos 80, a fábrica chegou a empregar 12 600 trabalhadores. Em 1991 ainda trabalhavam ali dez mil pessoas, numero que há cinco anos foi reduzido para metade.
Em comunicado, o responsável da filial europeia, Nick Reilly, afirma que o despedimento colectivo faz parte da «dura realidade da actual situação comercial». Para sobreviver, o construtor alega que precisa de reduzir a sua capacidade de produção em 20 por cento.
Os sindicatos sublinham que se vão bater para manter a unidade em funcionamento, alertando que a decisão da GM significa uma declaração de guerra a todos os trabalhadores das unidades europeias da Opel.
Na Europa, a multinacional emprega actualmente 48 mil trabalhadores e já anunciou que 8300 serão despedidos, quatro mil dos quais na Alemanha.
Por seu lado, as autoridades belgas ameaçam pôr em causa todas as ajudas estatais prometidas ao grupo industrial. Kris Peeters, ministro-presidente da região flamenga, declarou que vai interpelar a Comissão Europeia sobre a admissibilidade dos apoios públicos prometidos, designadamente pelo governo alemão, face a este encerramento. Também o executivo regional da Flandres manifestou o sentimento de ter sido enganado por Nick Reilly, o representante da GM na Europa. Este teria prometido aos poderes públicos belgas a produção de um novo modelo todo-o-terreno, o qual acabou por ser deslocalizado para a Coreia.
Todos os partidos políticos flamengos e francófonos manifestaram solidariedade com os operários da Opel, atingidos por «uma lógica económica que devora as suas vítimas», segundo a expressão do presidente socialista da Valónia.
As portas fechar-se-ão para sempre no próximo mês de Junho. A multinacional norte-americana sairá da Bélgica após uma lucrativa permanência de 59 anos, deixando atrás de si um profundo rasto de desemprego, indignação e revolta.
Nos seus tempos áureos dos anos 80, a fábrica chegou a empregar 12 600 trabalhadores. Em 1991 ainda trabalhavam ali dez mil pessoas, numero que há cinco anos foi reduzido para metade.
Em comunicado, o responsável da filial europeia, Nick Reilly, afirma que o despedimento colectivo faz parte da «dura realidade da actual situação comercial». Para sobreviver, o construtor alega que precisa de reduzir a sua capacidade de produção em 20 por cento.
Os sindicatos sublinham que se vão bater para manter a unidade em funcionamento, alertando que a decisão da GM significa uma declaração de guerra a todos os trabalhadores das unidades europeias da Opel.
Na Europa, a multinacional emprega actualmente 48 mil trabalhadores e já anunciou que 8300 serão despedidos, quatro mil dos quais na Alemanha.
Por seu lado, as autoridades belgas ameaçam pôr em causa todas as ajudas estatais prometidas ao grupo industrial. Kris Peeters, ministro-presidente da região flamenga, declarou que vai interpelar a Comissão Europeia sobre a admissibilidade dos apoios públicos prometidos, designadamente pelo governo alemão, face a este encerramento. Também o executivo regional da Flandres manifestou o sentimento de ter sido enganado por Nick Reilly, o representante da GM na Europa. Este teria prometido aos poderes públicos belgas a produção de um novo modelo todo-o-terreno, o qual acabou por ser deslocalizado para a Coreia.
Todos os partidos políticos flamengos e francófonos manifestaram solidariedade com os operários da Opel, atingidos por «uma lógica económica que devora as suas vítimas», segundo a expressão do presidente socialista da Valónia.