Após mais de três décadas e meia de exclusão, o Partido Comunista Chileno voltou a eleger deputados para o Congresso do País. O secretário-geral do Partido, Guillermo Teillier, e, ainda, Hugo Gutiérrez e Lautaro Carmona serão os primeiros representantes dos trabalhadores e do povo a ocuparem lugares no hemiciclo desde o golpe contra o governo de Salvador Allende que instaurou a ditadura fascista de Agusto Pinochet, em 1973.
Um acordo pré-eleitoral permitiu aos comunistas romper com o garrote legislativo que institui um regime eleitoral que privilegia o domínio da assembleia por parte da Concertação e da direita. Não obstante, os comunista reiteram que a luta contra o sistema binomial continua a ser uma prioridade, sendo, para isso, necessário encetar o diálogo nesse sentido com as forças representadas.
«Conseguimos um triunfo histórico para o movimento popular, a esquerda, o Juntos Podemos e todas as forças democráticas e progressistas», disse Teiller reagindo ao resultado das legislativas.
No que ao sufrágio presidencial diz respeito, o candidato comunista, Jorge Arrate, recolheu pouco mais de 6 por cento dos votos. Sebastián Piñera, candidato da direita, e Eduardo Frei, da Concertação, enfrentam-se na segunda volta.