Congresso do Partido Comunista Sul-Africano

O Partido Comunista Sul-Africano (PCSA) realizou o seu 2.º Congresso Extraordinário, de 9 a 13 de Dezembro, em Polokwane, que contou com a participação de 900 delegados e de delegações da Central Sindical/COSATO e do Congresso Nacional Africano (ANC). Jacob Zuma, presidente do ANC, eleito presidente da África do Sul, em Abril de 2009, interveio igualmente no Congresso.
O Congresso do PCSA analisou a situação internacional, no quadro do actual agravamento da crise do capitalismo, e avaliou a evolução da situação política na África do Sul, após a importante vitória do ANC nas recentes eleições realizadas neste país. O Congresso definiu ainda as tarefas que se colocam actualmente ao PCSA para a concretização da Revolução Democrática Nacional e do futuro socialista para a África do Sul.
O Congresso do PCSA foi um vibrante momento de afirmação de grande unidade, de confiança e determinação para a luta, e de internacionalismo por parte dos comunistas sul-africanos.
Quinze anos após a vitória contra o regime do apartheid, em resultado de dezenas de anos de luta heróica do povo sul-africano liderada pelo PCSA e o ANC, os comunistas sul-africanos apontam como prioridades a retoma e concretização do programa de profundas transformações inscrito na Revolução Democrática e Nacional e a efectiva resposta aos complexos problemas com que se confronta o povo sul-africano, nomeadamente no emprego, na saúde, na educação, no acesso à terra ou ao nível da segurança e do combate ao crime.
Conscientes da complexidade da situação na África do Sul e dos perigos que se colocam, os comunistas sul-africanos reafirmaram a importância do reforço e defesa da unidade da Aliança Tripartida – formada pelo PCSA, pelo ANC e pela COSATO –, e da sua confirmação como a grande força dos trabalhadores e do povo sul-africano, para a concretização da Revolução Democrática Nacional. O PCSA afirmou de forma clara e plena a assunção do seu papel e responsabilidades neste quadro.
O Congresso apontou ainda como prioridade o fortalecimento do PCSA como a força organizada dos trabalhadores e do povo sul-africano que protagoniza a alternativa do Socialismo para a África do Sul, definindo 2010 como o ano da organização do partido, centrada no reforço das organizações de base.
Foi anunciada no Congresso a realização do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários na África do Sul, no próximo ano.

Reforçar laços

O PCP entregou uma saudação ao PCSA, onde, entre outros aspectos, expressou a vontade de prosseguir e fortalecer os laços de amizade e a cooperação entre os dois partidos, e sublinhou a necessidade da existência e fortalecimento dos partidos comunistas e a sua cooperação no plano internacional, assim como o fortalecimento e alargamento da frente anti-imperialista, elementos determinantes para inverter o actual curso da situação internacional e criar condições para responder aos principais anseios e problemas com que se confrontam os povos de todo o mundo.
O PCP esteve representado por Jorge Cordeiro, membro da Comissão Política e do Secretariado do CC do PCP, e por Pedro Guerreiro, membro do CC e da Secção Internacional do PCP.


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