Ignóbil da Paz
No dia em que se publica este Avante!, Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América, estará em Estocolmo a receber o prémio Nobel da Paz. Quando foi anunciado, nos primeiros dias de Outubro, devem ter sido milhões os que em todo o mundo ficaram incrédulos ou se convenceram que era dia das mentiras antecipado. Agora já refeitos da surpresa, diga-se em abono da verdade que isto de distinguir americanos ligados à guerra começa a ser mais coerente do que à primeira vista possa parecer. Al Gore, que era vice-presidente dos EUA durante os bombardeamentos da NATO à Jugoslávia, também tem um Nobel da Paz em casa...
Não consta que o Comité do Nobel tenha corado de vergonha mas, a poucos dias de receber o prémio, Obama informou o mundo, no estilo grandiloquente que o caracteriza, que os EUA enviarão mais 30 mil soldados para o Afeganistão. Naturalmente que embrulhou a decisão na habitual roupagem da «segurança», do «combate ao terrorismo», da defesa da «liberdade» colando-lhe o pressuposto da retirada das tropas em Julho de 2011. Uma espécie de «vamos lá a despachar isto» ue deve ter enchido o povo afegão de terror. A decisão dos EUA foi rapidamente acompanhada: em poucos dias, anunciou-se mais mil soldados italianos, mais 600 polacos, 500 do Reino Unido, o prolongamento por um ano da presença alemã – além da subserviente posição do Governo PS que, depois do reforço decidido em Julho, multiplicou por duas vezes e meia a presença de militares portugueses.
Anders Rasmussen, secretário-geral da NATO, fez publicar no jornal Público um texto intitulado «um novo impulso para o Afeganistão» Dizendo que a estratégia é «transferir para os afegãos a responsabilidade pelo controlo do seu país o mais depressa possível» escreve o artigo para deixar absolutamente claro o seguinte: «transição não é nome de código para estratégia de saída. Significa transição para um papel diferente (…) as forças afegãs tomarão o controlo (…) com as forças da NATO a apoiá-las» E pronto. Como diz o povo: mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo. A diferença é que hoje, em Estocolmo, vão entregar-lhe um prémio como se defendesse a paz. E, em Lisboa, o Governo do PS segue-o nesse caminho de agressão e guerra.
Não consta que o Comité do Nobel tenha corado de vergonha mas, a poucos dias de receber o prémio, Obama informou o mundo, no estilo grandiloquente que o caracteriza, que os EUA enviarão mais 30 mil soldados para o Afeganistão. Naturalmente que embrulhou a decisão na habitual roupagem da «segurança», do «combate ao terrorismo», da defesa da «liberdade» colando-lhe o pressuposto da retirada das tropas em Julho de 2011. Uma espécie de «vamos lá a despachar isto» ue deve ter enchido o povo afegão de terror. A decisão dos EUA foi rapidamente acompanhada: em poucos dias, anunciou-se mais mil soldados italianos, mais 600 polacos, 500 do Reino Unido, o prolongamento por um ano da presença alemã – além da subserviente posição do Governo PS que, depois do reforço decidido em Julho, multiplicou por duas vezes e meia a presença de militares portugueses.
Anders Rasmussen, secretário-geral da NATO, fez publicar no jornal Público um texto intitulado «um novo impulso para o Afeganistão» Dizendo que a estratégia é «transferir para os afegãos a responsabilidade pelo controlo do seu país o mais depressa possível» escreve o artigo para deixar absolutamente claro o seguinte: «transição não é nome de código para estratégia de saída. Significa transição para um papel diferente (…) as forças afegãs tomarão o controlo (…) com as forças da NATO a apoiá-las» E pronto. Como diz o povo: mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo. A diferença é que hoje, em Estocolmo, vão entregar-lhe um prémio como se defendesse a paz. E, em Lisboa, o Governo do PS segue-o nesse caminho de agressão e guerra.