Lutar compensa
A JP Sá Couto, actualizou, por fim, os salários dos trabalhadores que fabricam o portátil Magalhães, bandeira do choque tecnológico do Governo Sócrates, e negócio dos «ovos de ouro» daquela empresa. Com esta medida, fruto da denúncia pública pela intervenção do PCP, à qual a empresa respondeu ameaçando com um «procedimento judicial» que nunca avançou, e fruto do trabalho sindical continuado naquela empresa pelo sindicato do sector, o STIENC, comprovou-se a eficácia da luta dos trabalhadores, bem como a sua cada vez maior necessidade e urgência.
Convém recordar que esta empresa emprega cerca de 300 trabalhadores, metade dos quais trabalhadores temporários, que eram pagos abaixo do mínimo fixado no contrato colectivo para aquele sector, não dispunham de condições mínimas de trabalho, e a empresa despedia, literalmente, a «torto e a direito». Em Agosto deste ano, o PCP interveio publicamente denunciando esta situação, exigindo a fiscalização imediata desta empresa.
Segundo os trabalhadores, cada vez mais reconhecedores da importância dessa pronta denúncia pública, da sua própria união, e aderindo em crescendo ao STIENC, a postura da empresa aligeirou-se logo após esse primeiro alerta acerca da situação dos «fabricantes do Magalhães». Iniciaram-se quase de imediato obras para uma cantina, que, até então, era improvisada numa «sala minúscula», e melhoraram, ainda que lenta e circunstancialmente, as condições de trabalho, culminado agora, finalmente, na justa e devida actualização dos salários. Evidentemente, nenhum trabalhador imaginaria sequer tal diferença de postura, se não tivesse existido quer a intervenção pública e institucional do PCP, bem como todo o trabalho sindical desenvolvido pelo STIENC.
Já em 15 de Julho deste ano foi realizada uma reunião entre o STIENC e a administração da empresa, onde foram expostas diversas reivindicações relativamente a irregularidades detectadas, muitas delas ainda por resolver, nomeadamente a questão do vínculo, à qual a JP Sá Couto alegou «incerteza de mercado» para a manutenção dos vínculos temporários.
Apesar dos inegáveis passos em frente, que comprovam que a luta é o caminho, continuam então ainda inúmeras questões em aberto relativamente aos trabalhadores obreiros do Magalhães, portátil que já está na sua segunda versão, recentemente lançada, e que, segundo declarações da empresa aquando do seu lançamento, se destina também a mercados internacionais. E, apesar de todo este sucesso, continua a reinar a precariedade para os trabalhadores, continuando todos estes, os que estão envolvidos nesta produção, a ser trabalhadores temporários.
No entanto, os trabalhadores da JP Sá Couto, na sua grande maioria jovens, sentem, inequivocamente, que lutarem e estarem organizados compensa, tal como ficou já demonstrado. A luta, definitivamente, continua!
Convém recordar que esta empresa emprega cerca de 300 trabalhadores, metade dos quais trabalhadores temporários, que eram pagos abaixo do mínimo fixado no contrato colectivo para aquele sector, não dispunham de condições mínimas de trabalho, e a empresa despedia, literalmente, a «torto e a direito». Em Agosto deste ano, o PCP interveio publicamente denunciando esta situação, exigindo a fiscalização imediata desta empresa.
Segundo os trabalhadores, cada vez mais reconhecedores da importância dessa pronta denúncia pública, da sua própria união, e aderindo em crescendo ao STIENC, a postura da empresa aligeirou-se logo após esse primeiro alerta acerca da situação dos «fabricantes do Magalhães». Iniciaram-se quase de imediato obras para uma cantina, que, até então, era improvisada numa «sala minúscula», e melhoraram, ainda que lenta e circunstancialmente, as condições de trabalho, culminado agora, finalmente, na justa e devida actualização dos salários. Evidentemente, nenhum trabalhador imaginaria sequer tal diferença de postura, se não tivesse existido quer a intervenção pública e institucional do PCP, bem como todo o trabalho sindical desenvolvido pelo STIENC.
Já em 15 de Julho deste ano foi realizada uma reunião entre o STIENC e a administração da empresa, onde foram expostas diversas reivindicações relativamente a irregularidades detectadas, muitas delas ainda por resolver, nomeadamente a questão do vínculo, à qual a JP Sá Couto alegou «incerteza de mercado» para a manutenção dos vínculos temporários.
Apesar dos inegáveis passos em frente, que comprovam que a luta é o caminho, continuam então ainda inúmeras questões em aberto relativamente aos trabalhadores obreiros do Magalhães, portátil que já está na sua segunda versão, recentemente lançada, e que, segundo declarações da empresa aquando do seu lançamento, se destina também a mercados internacionais. E, apesar de todo este sucesso, continua a reinar a precariedade para os trabalhadores, continuando todos estes, os que estão envolvidos nesta produção, a ser trabalhadores temporários.
No entanto, os trabalhadores da JP Sá Couto, na sua grande maioria jovens, sentem, inequivocamente, que lutarem e estarem organizados compensa, tal como ficou já demonstrado. A luta, definitivamente, continua!