O Comité Executivo do Conselho Mundial da Paz (CMP) esteve reunido em Damasco, capital da Síria, entre 23 e 25 de Outubro. Naquela que foi a mais participada reunião deste organismo dos últimos anos, com 36 organizações presentes, entre as quais o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), debateu-se o plano de acção do CMP para o próximo ano.
Em 2010, realizar-se-á em Nova Iorque a conferência de revisão do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, momento que será aproveitado pelos movimentos da paz para exigir o desarmamento geral, simultâneo e controlado – e não, como tem sucedido até aqui, de forma unilateral. Especial atenção será ainda consagrada à reafirmação da exigência de dissolução da NATO e do fim das bases militares estrangeiras, bem como ao reforço da solidariedade com os povos vítimas de agressão ou chantagem.
Os participantes na reunião aprovaram ainda sete resoluções especiais sobre outros tantos assuntos – Síria, Palestina, Paquistão, República Popular Democrática da Coreia, Chipre e Vietname – e decidiram ainda da adesão ao Conselho Mundial da Paz de mais duas organizações provenientes do Paquistão e do México.
A realização de uma reunião do Comité Executivo do CMP no Médio Oriente, mais precisamente na Síria, foi aproveitada para reforçar a solidariedade dos movimento da paz de todo o mundo com a luta dos povos da região. No último dia, o movimento da paz sírio promoveu uma visita aos Montes Golã, parte deles ocupados por Israel. Na cidade de Quneitra, libertada em 1973, foi visível a brutalidade da ocupação sionista, que antes de retirar tratou de garantir que nenhum edifício ficava de pé.