O marxismo-leninismo e as religiões
Revolução é ruptura, transformação e progresso. Socialismo é democracia, aprendizagem em todos os campos do saber, promoção da justiça e da igual distribuição justa da riqueza. Todos estes valores e relações entre valores se incluem no ideário e na prática marxista-leninista.
Naturalmente que a filosofia de acção transformadora dos comunistas é laica, baseia-se no conhecimento racional e não na fé. Distancia-se permanentemente de qualquer atavismo religioso e procura expurgar as marcas teológicas da nova sociedade em criação e educar as actuais gerações e as vindouras como militantes da razão. «O comunista» - escreveu Lénine - «não passaria de um fanfarrão se não reelaborasse na sua consciência todos os conhecimentos adquiridos e se limitasse a aprender dogmaticamente conclusões já estabelecidas, sem antes ter realizado um trabalho muito sério, muito grande e muito difícil: analisar os factos perante os quais é preciso que adopte uma atitude crítica».
Estes princípios lógicos conduzem o pensamento comunista em qualquer área onde a reflexão crítica se exerça: na política, na investigação, na literatura, na análise social ou na caracterização do papel das religiões. Jamais será aceitável para um comunista acreditar que a construção do homem ou da sociedade depende de uma fonte única, sobrenatural. Mas também, invariavelmente, considerará inaceitável admitir que qualquer Estado use do poder para violar os direitos dos cidadãos à opinião e à fé. O «homem novo» constrói-se passo a passo, pelo trabalho e pela educação. Com a ressalva de que a qualquer igreja ou credo não poderá ser consentido o uso da religião como fachada da acção conspirativa ou como instrumento de expansão dos mercados. É este o necessário equilíbrio entre direitos e deveres de cidadania numa sociedade, primeiro socialista e depois comunista, numa sociedade emergente e criadora. Dizia Engels: « A nossa doutrina não é um dogma mas uma doutrina para a acção».
A paz passa pelo comunismo
O actual mapa político mundial caracteriza-se pela presença de estados imperialistas que se digladiam entre si. Entre os impérios das grandes fortunas que geram continuamente gigantescas manchas de pobreza. Sobre as ruínas dos princípios de honra e com a acelerada degradação dos níveis de conhecimento acessíveis às massas populares, em contraste e contradição com as brilhantes aquisições tecnológicas reservadas às elites. O capitalismo neoliberal, mais do que em qualquer outra época anterior, revela a sua identidade de métodos e objectivos com as tácticas e estratégias do capital que desencadeia as guerras, a exploração do homem pelo homem, a fome e a miséria e com as grandes religiões organizadas que pregam a reconciliação mas agem como diligentes activos do mesmo capital. E não é só à igreja católica (ainda que a a sua responsabilidade seja enorme) que se devem apontar tremendos crimes. Todas as grandes religiões do mundo moderno incorrem nos mesmos comportamentos: acenam com Deus e com os santos enquanto fornecem o indispensável suporte aos tiranos e aos senhores do dinheiro. Elas próprias especulam e intervêm activamente nos mercados. Disfarçam-se de santas para recolherem os lucros dos off-shores, dos negócios da exploração das classes pobres, das drogas, do petróleo, dos armamentos ou do tráfico humano. Necessariamente, quando assim procedem, descrevem uma rota de colisão com o pensamento e a acção marxista-leninista.
Acentue-se, porém, que a construção do «homem novo» e de uma nova sociedade, é trabalho operário. Decorre da acção, do esclarecimento e da educação das massas populares e não do discurso político. Por isso mesmo, o comunista precisa de trabalhar humildemente, acumulando materiais e construindo o novo edifício, da base ao topo. Deve recusar as grandes e redundantes polémicas que a nada conduzem. A nossa oficina não se situa nos areópagos mas nas ruas, nas casas onde vive gente, nas fábricas, nas escolas, nos locais onde mora a juventude. Aí, sim ! Aí estamos nós, comunistas, e germinam as sementes da igualdade e da justiça social.
A tudo isto acresce o facto de que os comunistas não precisaram de Fátima, nem dos Anjos do Apocalipse. A Jerusalém futura há-de ser construída com as suas próprias mãos. Connosco, ao nosso encontro, virão milhões de crentes nas religiões ou noutras formas de fé, explorados e oprimidos.
Naturalmente que a filosofia de acção transformadora dos comunistas é laica, baseia-se no conhecimento racional e não na fé. Distancia-se permanentemente de qualquer atavismo religioso e procura expurgar as marcas teológicas da nova sociedade em criação e educar as actuais gerações e as vindouras como militantes da razão. «O comunista» - escreveu Lénine - «não passaria de um fanfarrão se não reelaborasse na sua consciência todos os conhecimentos adquiridos e se limitasse a aprender dogmaticamente conclusões já estabelecidas, sem antes ter realizado um trabalho muito sério, muito grande e muito difícil: analisar os factos perante os quais é preciso que adopte uma atitude crítica».
Estes princípios lógicos conduzem o pensamento comunista em qualquer área onde a reflexão crítica se exerça: na política, na investigação, na literatura, na análise social ou na caracterização do papel das religiões. Jamais será aceitável para um comunista acreditar que a construção do homem ou da sociedade depende de uma fonte única, sobrenatural. Mas também, invariavelmente, considerará inaceitável admitir que qualquer Estado use do poder para violar os direitos dos cidadãos à opinião e à fé. O «homem novo» constrói-se passo a passo, pelo trabalho e pela educação. Com a ressalva de que a qualquer igreja ou credo não poderá ser consentido o uso da religião como fachada da acção conspirativa ou como instrumento de expansão dos mercados. É este o necessário equilíbrio entre direitos e deveres de cidadania numa sociedade, primeiro socialista e depois comunista, numa sociedade emergente e criadora. Dizia Engels: « A nossa doutrina não é um dogma mas uma doutrina para a acção».
A paz passa pelo comunismo
O actual mapa político mundial caracteriza-se pela presença de estados imperialistas que se digladiam entre si. Entre os impérios das grandes fortunas que geram continuamente gigantescas manchas de pobreza. Sobre as ruínas dos princípios de honra e com a acelerada degradação dos níveis de conhecimento acessíveis às massas populares, em contraste e contradição com as brilhantes aquisições tecnológicas reservadas às elites. O capitalismo neoliberal, mais do que em qualquer outra época anterior, revela a sua identidade de métodos e objectivos com as tácticas e estratégias do capital que desencadeia as guerras, a exploração do homem pelo homem, a fome e a miséria e com as grandes religiões organizadas que pregam a reconciliação mas agem como diligentes activos do mesmo capital. E não é só à igreja católica (ainda que a a sua responsabilidade seja enorme) que se devem apontar tremendos crimes. Todas as grandes religiões do mundo moderno incorrem nos mesmos comportamentos: acenam com Deus e com os santos enquanto fornecem o indispensável suporte aos tiranos e aos senhores do dinheiro. Elas próprias especulam e intervêm activamente nos mercados. Disfarçam-se de santas para recolherem os lucros dos off-shores, dos negócios da exploração das classes pobres, das drogas, do petróleo, dos armamentos ou do tráfico humano. Necessariamente, quando assim procedem, descrevem uma rota de colisão com o pensamento e a acção marxista-leninista.
Acentue-se, porém, que a construção do «homem novo» e de uma nova sociedade, é trabalho operário. Decorre da acção, do esclarecimento e da educação das massas populares e não do discurso político. Por isso mesmo, o comunista precisa de trabalhar humildemente, acumulando materiais e construindo o novo edifício, da base ao topo. Deve recusar as grandes e redundantes polémicas que a nada conduzem. A nossa oficina não se situa nos areópagos mas nas ruas, nas casas onde vive gente, nas fábricas, nas escolas, nos locais onde mora a juventude. Aí, sim ! Aí estamos nós, comunistas, e germinam as sementes da igualdade e da justiça social.
A tudo isto acresce o facto de que os comunistas não precisaram de Fátima, nem dos Anjos do Apocalipse. A Jerusalém futura há-de ser construída com as suas próprias mãos. Connosco, ao nosso encontro, virão milhões de crentes nas religiões ou noutras formas de fé, explorados e oprimidos.