Morte na praia
Cinco mortos e três feridos, um dos quais com gravidade, eis o balanço trágico da derrocada de um troço de arriba na praia Maria Luísa, concelho de Albufeira, Algarve. O acidente fatal ocorreu ao final da manhã de sexta-feira, 21.
Como em muitas outras áreas da nossa faixa costeira, também esta, além dos processos naturais de erosão e da dinâmica litoral, tem sido sujeita nas últimas décadas a forte pressão urbanística, com ocupação humana em muitos casos indevida e desordenada. Construções e caminhos sobre a falésia são disso testemunho, fragilizando a estrutura geológica e fazendo aumentar os riscos de desabamento.
À ordem do dia, com este acontecimento, voltam a ser chamadas para reflexão questões essenciais como sejam, nomeadamente, as que se prendem com o ordenamento do território, a protecção dos recursos naturais ou o cumprimento da lei e sua fiscalização. É que, por exemplo, como salienta o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores em comunicado sobre o assunto (ver página 19), as opções governamentais no plano dos organismos da administração pública com competências em matéria ambiental conduziram não só a uma enorme falta de coordenação entre si como a uma «exasperante falta de meios humanos e técnicos». Diz bem dessa negra realidade o facto de na Administração da Região Hidráulica do Algarve existirem apenas dois vigilantes da natureza (com um papel decisivo na acção fiscalizadora), que para ali foram transferidos da CCDR deixando esta sem nenhum.
Como em muitas outras áreas da nossa faixa costeira, também esta, além dos processos naturais de erosão e da dinâmica litoral, tem sido sujeita nas últimas décadas a forte pressão urbanística, com ocupação humana em muitos casos indevida e desordenada. Construções e caminhos sobre a falésia são disso testemunho, fragilizando a estrutura geológica e fazendo aumentar os riscos de desabamento.
À ordem do dia, com este acontecimento, voltam a ser chamadas para reflexão questões essenciais como sejam, nomeadamente, as que se prendem com o ordenamento do território, a protecção dos recursos naturais ou o cumprimento da lei e sua fiscalização. É que, por exemplo, como salienta o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores em comunicado sobre o assunto (ver página 19), as opções governamentais no plano dos organismos da administração pública com competências em matéria ambiental conduziram não só a uma enorme falta de coordenação entre si como a uma «exasperante falta de meios humanos e técnicos». Diz bem dessa negra realidade o facto de na Administração da Região Hidráulica do Algarve existirem apenas dois vigilantes da natureza (com um papel decisivo na acção fiscalizadora), que para ali foram transferidos da CCDR deixando esta sem nenhum.