Sarkozy pagou sondagens
As sondagens encomendadas e pagas pelos serviços da presidência francesa apareceram publicadas em vários órgãos de comunicação sob a capa de estudos independentes.
A revelação foi feita, no dia 16, pelo Tribunal de Contas que divulgou os resultados do primeiro inquérito efectuado à gestão do Palácio do Eliseu.
Entre outras conclusões (designadamente o uso indevido de fundos públicos para fins particulares, no montante de 14 123 euros, que o presidente Sarkozy deverá devolver), o relatório do tribunal questiona a finalidade das sondagens regulares encomendadas ao instituto Opinion Way, que orçaram em 1,5 milhões de euros aos cofres do Estado, quando os resultados destes estudos foram sistematicamente publicados pelo jornal Le Figaro, pela estação noticiosa LCI, e vários outros órgãos de imprensa.
Em concreto, a presidência pagou 392 288 euros pelo «Politoscope», um estudo quinzenal que era disponibilizado pelos dois órgãos referidos. Outros 15 dos 35 inquéritos de opinião pagos pelo Eliseu apareceram igualmente publicados na imprensa, facto que levou os magistrados a questionar o «interesse de tais encomendas».
Das duas uma, ou a presidência francesa decidiu esbanjar dinheiro público pagando por sondagens que são disponibilizadas gratuitamente na Internet ou, simplesmente, pagou para manipular perguntas, e assim os resultados, de acordo com os desejos de popularidade do titular da República Francesa.
A ambiguidade do esclarecimento prestado pelo gabinete presidencial apenas acentua estas dúvidas: «Encomendámos inquéritos de opinião. Se os diários compram os mesmos estudos, que podemos nós fazer?», declarou o chefe dos assistentes de Sarkozy e secretário-geral da presidência, Claude Gueant.
Já o colectivo de redactores do Le Figaro exigiu à direcção do jornal que ponha «termo imediato a este tipo de “co-produção” que prejudica gravemente a credibilidade das publicações do grupo».
Num comunicado, os jornalistas exprimem a sua «consternação» pelos factos revelados pelo relatório, do qual se conclui que «numerosas sondagens OpinionWayLe Figaro, são encomendadas pela presidência e que algumas são expurgadas antes de serem divulgadas ao grande público».
A revelação foi feita, no dia 16, pelo Tribunal de Contas que divulgou os resultados do primeiro inquérito efectuado à gestão do Palácio do Eliseu.
Entre outras conclusões (designadamente o uso indevido de fundos públicos para fins particulares, no montante de 14 123 euros, que o presidente Sarkozy deverá devolver), o relatório do tribunal questiona a finalidade das sondagens regulares encomendadas ao instituto Opinion Way, que orçaram em 1,5 milhões de euros aos cofres do Estado, quando os resultados destes estudos foram sistematicamente publicados pelo jornal Le Figaro, pela estação noticiosa LCI, e vários outros órgãos de imprensa.
Em concreto, a presidência pagou 392 288 euros pelo «Politoscope», um estudo quinzenal que era disponibilizado pelos dois órgãos referidos. Outros 15 dos 35 inquéritos de opinião pagos pelo Eliseu apareceram igualmente publicados na imprensa, facto que levou os magistrados a questionar o «interesse de tais encomendas».
Das duas uma, ou a presidência francesa decidiu esbanjar dinheiro público pagando por sondagens que são disponibilizadas gratuitamente na Internet ou, simplesmente, pagou para manipular perguntas, e assim os resultados, de acordo com os desejos de popularidade do titular da República Francesa.
A ambiguidade do esclarecimento prestado pelo gabinete presidencial apenas acentua estas dúvidas: «Encomendámos inquéritos de opinião. Se os diários compram os mesmos estudos, que podemos nós fazer?», declarou o chefe dos assistentes de Sarkozy e secretário-geral da presidência, Claude Gueant.
Já o colectivo de redactores do Le Figaro exigiu à direcção do jornal que ponha «termo imediato a este tipo de “co-produção” que prejudica gravemente a credibilidade das publicações do grupo».
Num comunicado, os jornalistas exprimem a sua «consternação» pelos factos revelados pelo relatório, do qual se conclui que «numerosas sondagens OpinionWayLe Figaro, são encomendadas pela presidência e que algumas são expurgadas antes de serem divulgadas ao grande público».